O sétimo álbum de Tsunamiz, “Behold the Man”, é um disco do mundo, exótico e simultaneamente pessoal e apaixonado.
Bruno Sobral, um dos artistas portugueses mais prolíficos da sua geração, tem procurado sempre unir sonoridades que não costumam ser misturadas, e consegui-o, uma vez mais, de uma forma ainda mais radical com este novo trabalho.
Composto e produzido pelo próprio Tsunamiz, no seu estúdio caseiro, “Behold the Man” aventura-se pelos territórios da música electrónica urbana de influência latina e africana, não esquecendo a música tradicional portuguesa, o punk rock e a pop alternativa.
A obra é composta por 8 canções que refletem a diversidade e mistura musical de Tsunamiz e a sua aptidão para melodias memoráveis e universais. Liricamente, o músico aborda narrativas acerca de relacionamentos tóxicos, o fracasso pessoal, a resiliência, a condição humana e a crítica social.
“Behold the Man” encontra-se disponível nas principais plataformas de streaming de música.
Malibu Gas Station – Small Horse (2024) (single)
Malibu Gas Station – Small Horse (2024) (single)
Malibu Gas Station lançam o álbum “Never Never” e preparam regresso aos palcos em 2025
Os Malibu Gas Station, trio portuense formado em 2016 por Vítor Pinto, David Félix e, mais tarde, consolidado com João Losa, apresentam o seu segundo álbum, “Never Never”, que sucede ao disco de estreia “World Wide Dance”. Este trabalho chega ao público no final de dezembro, num gesto deliberadamente contracorrente — porque lançar um álbum num mês em que “ninguém quer saber” parece ser a atitude mais autêntica da banda.
O título, “Never Never”, carrega múltiplos significados. Por um lado, remete à qualidade imaginária, idealista e fantasiosa que define o termo no inglês britânico. Por outro, revela um capítulo que, segundo os próprios músicos, talvez queiram deixar para trás o quanto antes. “Adormecemos todos os dias sob o aplauso da nossa consciência”, poderia dizer alguém com autoridade, como um treinador português outrora citou. Este disco é o reflexo de uma banda que encerra ciclos, resolve carolices e se prepara para um futuro onde, esperam, o terceiro álbum seja o verdadeiro — ler “o verdadeiro” com o sotaque do Porto.
Desde que Vítor Pinto e David Félix formaram os Malibu Gas Station, foi na entrada de João Losa — antigo colega na banda O Abominável — que encontraram o tão sonhado “never-never”: aquele ideal utópico e perfeito de banda que parecia sempre fora de alcance. Este segundo disco reflete uma paz de espírito e, ao mesmo tempo, uma inquietação constante. Não é um álbum para agradar, talvez nem para a banda, mas é um passo necessário.
Parte do charme dos Malibu Gas Station reside na sua autossuficiência. Vítor Pinto é designer, David Félix trabalha como assessor de imprensa e João Losa é produtor musical. Combinando estas competências, o trio sabe que tem tudo para correr mal, e corre, sempre, mal, como previsto, mas com sentido.
“Desde que somos três, as coisas fazem sentido”, comentam Vítor e David. Mas esse sentido não vem de respostas fáceis. Ao longo deste projeto, tiraram elementos, adicionaram outros, voltaram a tirar. O resultado? Um disco que parece falar tanto de dúvidas como de certezas, e que anuncia, já em 2025, o regresso aos palcos — algo que não acontece desde o lançamento do single de estreia “Ellie Parker” em 2016.
Será que agora é que é? Será que os Malibu Gas Station se encontram finalmente resolvidos? Como agrupamento musical, preferem posicionar-se como um Braga ou um Belenenses, quem sabe até um Boavista, no campeonato — já que ir a um concerto é quase como ir à bola: sólidos, alternativos e fiéis a si mesmos, longe da pressão dos “três grandes”; uma defesa consistente, mas perto da reforma; ataque a duvidar de si mesmo; e um meio-campo inexistente nas transições defensivas e ofensivas que só vê jogar. “Somos todos amigos, a três, porque o gasóleo sai mais barato”, brincam. O preço do combustível, futebol e música também está relacionado, se usarmos o imaginário “Never Never”.
No entanto, a verdade é que os Malibu Gas Station nunca foram uma banda purista. Sempre carregaram consigo o impulso criativo e a resistência pragmática. “Nunca nos sentimos tão vivos como agora”, confessam. E isso, para eles, é o mais importante.
Com “Never Never”, a banda parece estar a fechar capítulos para abrir novos. O terceiro álbum, já prometido para o próximo ano, é onde as apostas estão. O que está para vir é sempre o melhor — a doce ansiedade. Até lá, este segundo disco é um lembrete de que a estrada é longa, mas nunca menos interessante.
A acompanhar o álbum, foi lançado o single “Small Horse”, o terceiro single de apresentação de “Never Never”. Inspirado pela reflexão de Darwin — “Poderia um pequeno potro, nascido numa estrebaria humilde, um dia galopar num hipódromo prestigiado? Não é essa, afinal, a questão e aspiração de muitos indivíduos nas sociedades?”.
“Never Never” acaba de ser editado e está disponível em todas as plataformas digitais. O regresso aos concertos está previsto para 2025, prometendo trazer aos palcos a energia renovada que agora define a banda.
João Pedro Silva, Pedro Santos E Rita Maria – Prelúdio Em Sol Menor, Bernardo Sassetti (2024) (single)
João Pedro Silva, Pedro Santos E Rita Maria – Prelúdio Em Sol Menor, Bernardo Sassetti (2024) (single)
João Pedro Silva, Pedro Santos e Rita Maria juntos em “Frutos Maduros”
Novo trabalho discográfico editado pela Artway Records
Frutos Maduros é o novo trabalho de Pedro Santos e João Pedro Silva, com a participação especial de Rita Maria, editado a 22 de novembro de 2024 pela Artway Records. Este disco resulta de um percurso conjunto de mais de 25 anos de palco entre Pedro Santos e João Pedro Silva, uma dupla de acordeão e saxofone que se distingue pela profunda cumplicidade e pela abordagem sensível e refletida à música. A partir de obras de quatro compositores portugueses de jazz contemporâneo — Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Daniel Bernardes e Jorge Salgueiro — e de um tema original de Lino Guerreiro, Frutos Maduros explora a plasticidade dos sons do acordeão, saxofone e voz, criando uma nova sonoridade que emerge da fusão tímbrica destes instrumentos.
O disco reúne interpretações que procuram a serenidade e a delicadeza das melodias originais, contrapostas pela improvisação e pelo tom efusivo presente em algumas das obras. Cada tema é reinterpretado em arranjos concebidos pelos próprios artistas, revelando uma abordagem que parte do jazz mas transcende o estilo musical, explorando novas possibilidades da reinterpretação. A gravação decorreu na Igreja de Santiago, cuja acústica natural contribuiu para captar o som de forma inteiramente acústica e autêntica, minimizando interferências tecnológicas e destacando a qualidade interpretativa dos músicos. Para este projeto, os artistas contaram com a colaboração de José Fortes, técnico de som de renome, responsável pela captação, edição e mistura do disco. Com 80 anos, José Fortes tem uma vasta experiência na gravação de música clássica e popular portuguesa, tendo colaborado com inúmeros artistas de prestígio ao longo da sua carreira.
A participação de Rita Maria, cuja voz se destaca pela fusão entre a improvisação do jazz, a nostalgia do fado e o experimentalismo, acrescenta uma dimensão única ao projeto. A artista traz a sua maturidade musical para este encontro, enriquecendo a sonoridade do disco e fortalecendo a sua autenticidade. Os compositores envolvidos no projeto acolheram com entusiasmo a proposta de Pedro Santos e João Pedro Silva, contribuindo com partituras e arranjos que ajudaram a dar forma a este trabalho. Daniel Bernardes descreve o disco como “uma felicidade tremenda” por ter contribuído com algumas linhas de música para este encontro, enquanto Mário Laginha destaca a qualidade e inspiração notáveis das interpretações dos seus temas, que considera reinventados com mestria.
Frutos Maduros é o primeiro projeto editorial de Pedro Santos e João Pedro Silva e celebra a cumplicidade de uma parceria consolidada ao longo de décadas. Este trabalho reafirma-se na sua edição e nas futuras apresentações ao vivo, propondo uma experiência musical que combina emoção, reflexão e uma genuína exploração artística.
André Marques – Cosmicsouls (2024) (single)
André Marques – Cosmicsouls (2024) (single)
André Marques lança o novo EP “sailingspaceships”, uma viagem introspetiva e musical em busca de calma e refúgio
O músico e produtor André Marques apresenta o seu mais recente trabalho, o EP “sailingspaceships”, composto por cinco faixas que refletem um período de intensa introspeção e necessidade de tranquilidade. Este projeto nasce de uma fase pessoal em que o caos do quotidiano levou o artista a encontrar na música um escape, resultando num conjunto de composições que remetem para uma atmosfera de paz e recolhimento. Descrevendo este EP como uma viagem musical, André Marques explica que as faixas foram pensadas para criar uma experiência sensorial e contínua, onde as extensas durações e a ambiência crua transportam o ouvinte para um estado de serenidade e contemplação. A unidade sonora e visual do EP, desde a tonalidade das faixas até à capa, constituem uma proposta imersiva, oferecendo um refúgio musical que agora partilha com o público.
André Marques é um apaixonado por filmes e bandas sonoras desde sempre, o que o levou, há alguns anos, a aprender e a compor música instrumental. Em 2022, lançou o seu primeiro álbum instrumental, “Nightmares”, com uma ambiência ligada ao universo do terror e inspirada nas sonoridades presentes em filmes de suspense. No ano seguinte, em 2023, apresentou “MYSTICAL BORDERS”, um álbum mais experimental e eletrónico, explorando uma temática mística e ligada ao espaço. Em 2024, colaborou com a cantora Nora Jankovic no EP “Our Freedom”, em janeiro. Mais tarde, lançou a compilação “Half of Zero”, em duas partes, um projeto com 30 faixas que explora influências de synth wave, synth pop, dark synth e EDM.
Ao longo deste percurso, André Marques tem vindo a expandir as suas habilidades em produção musical, explorando diferentes instrumentos e géneros, e atualmente também produz para outros artistas em estilos que vão do Indie e Pop ao R&B e Rap Contemporâneo. A sua música mantém-se fortemente ligada a uma estética cinematográfica, fruto do seu background em Audiovisual e Multimédia. O EP “sailingspaceships”, disponível em todas as plataformas digitais, reflete este lado introspetivo do músico, proporcionando uma experiência de audição profunda para quem procura tranquilidade e evasão através da música.
José Valente – O Circo (2024) (single)
José Valente – O Circo (2024) (single)
“A música é uma coisa espiritual”
Fela Kuti
José Valente está de volta com um novo e, claro, surpreendente trabalho.
“Quem é o José Valente” traduz-se numa autêntica carta de amor dirigida à música. Mas é também uma auspiciosa combinação de possibilidades ilimitadas, onde o compositor portuense torna a levar a viola d’arco a diferentes patamares. Uma posição artística que continua a gritar por liberdade e a reforçar o espírito transgressor embutido no seu percurso.
Afirmação ou pergunta, “Quem é o José Valente” gera vários resultados. “Deve ser um artista qualquer”, responde o título da faixa de abertura do álbum a ser editado esta semana, a 24 de Outubro. Seguem-se outras teorias, ouvidas ao longo do mesmo tema: “uma autêntica enciclopédia no que toca aos sítios para comer as melhores francesinhas do Porto”, “artista plástico”, “médio centro”, “poeta galego”. “O Valente da viola” é a que mais se aproxima da verdade, num disco cuja pintura da capa, da autoria de Marco Mendes, ilustra algumas das suas referências, como José Mário Branco, Frank Zappa, Fela Kuti ou Ludwig van Beethoven.
Através de 9 peças, José Valente acerca-se de uma série de músicos convidados que enriquecem a paleta sonora deste inovador registo em que a voz é um dos elementos predominantes: João Geraldo (violoncelo e baixo eléctrico), José Silva (percussão), António Ribeiro (voz falada), João Diogo Leitão (viola braguesa), Luís Bittencourt (percussão e berimbau), Patrícia Costa (voz cantada) e Tiago Manuel Soares (percussão).
Os concertos de apresentação acontecem já esta quinta-feira, dia 24 de Outubro, no Maus Hábitos, no Porto, e domingo, dia 27 de Outubro, no Festival Instrumensal, em Coimbra. Duas oportunidades especiais para se escutarem, em estreia absoluta ao vivo, a inquietação e a intensidade emocional dos temas de “Quem é o José Valente”, longa- duração com todas as músicas e letras da autoria do violetista.
Depois de “Trégua” (2021), em colaboração com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, e de “Águas paradas não movem moinhos” (2022), aqui a liderar o colectivo 6 Violas, numa homenagem à obra de José Mário Branco, “Quem é o José Valente” foi gravado em casa, pelo próprio, e misturado e masterizado no Estúdio de Som Musibéria, por André Espada. Tem edição da Respirar de Ouvido e o apoio da Antena 2.
“Josés há muitos”, atira alguém na primeira faixa, mas este é José Valente, um impressionante artista que, munido do seu instrumento de cordas e das suas partituras, derruba barreiras musicais, seja a partir dos discos ou das prestações únicas que protagoniza nos palcos mundiais.
O álbum está disponível a 24 de Outubro de 2024, nas principais plataformas digitais e numa edição física em CD.
Juliano Costa – Tudo Bem (2024) (single)
Juliano Costa – Tudo Bem (2024) (single)
Vida Real: terceiro disco de Juliano Costa carrega sinceridade de cronista e leveza de poeta
Álbum chega às plataformas em 28 de novembro, acompanhado pelo clipe de “Tudo Bem”, marcando a narrativa envolvente e divertida do músico paulistano
Três anos depois do lançamento de “Barco Futuro”, sucessor do álbum visual “A Trilha da Trilha”, o músico e escritor Juliano Costa (Primos Distantes, Renato Medeiros) mistura sua inventividade sonora, criativa e literária no disco Vida Real, disponível em fonograma a partir do dia 28 de novembro, quinta-feira. O resultado é uma obra sincera, envolvente nas suas diferentes camadas, de leveza agridoce. Um trabalho que se parece com uma festa entre amigos íntimos, na qual você, ouvinte, está.
Vida Real é também um retrato do dia seguinte da festa, de ressaca e dúvidas existenciais. “Existem várias camadas de vida. Tem a vida íntima, tem a vida social, tem a vida de rede social. Tem a vida choradeira de pitanga e tem a vida de coragem e bola pra frente. Tem a vida arte, a vida canção, a vida palco, a vida tela, a vida personagem. Em todas essas vidas dá pra ter um pouco de sinceridade. Não é fácil, mas dá. Sempre dá pra ter um pouquinho de vida real no meio da ficção”.
A produção do disco é dele, ao lado de Renato Medeiros, que também mixou e masterizou o trabalho. O álbum conta com as já lançadas “Oração à Música”, “O Mundo é Gigante”, “Todo Amor do Mundo”, que ganhou clipe, “América do Sul”, “Glória”, também acompanhada por videoclipe, e Tudo Bem – que acaba de ganhar um clipe divertido e sensível: assista – somadas às inéditas “Filho do Vento”, “Quando a Noite Cai’, “Estrelas Solitárias em Constelação”, “O Sol”, “O Vazio” e “Eu Não Vou Deixar”.
São canções que funcionam como crônicas da vida e da fantasia da vida – memória ou imaginação. Feitas de momentos sinceros e sugestivas de uma experiência terna de vida, das que dão contorno aos sentidos de estar por aqui. “As participações de Luna França, Maria Tereza, Cauê Benetti, Caio Costa, e a presença constante do Renato Medeiros no disco, são resultado de encontros reais, coisas vividas e coisas cantadas e tocadas”.
Pra além de sua carreira solo, Juliano é baterista da banda de Renato Medeiros e escreve literatura. Seu romance Fumo (Patuá, 2023) figurou na lista de melhores livros do ano da revista de livros 451. Ele é também autor de um conto do livro “As Páginas do Relâmpago Elétrico” (Garoupa, 2023), baseado no disco de 1977 de Beto Guedes.
Ligados Às Máquinas – (Dormir) Em Direcção Ao Sonho (2024) (single)
Ligados Às Máquinas – (Dormir) Em Direcção Ao Sonho (2024) (single)
Os Ligados às Máquinas são, provavelmente, a primeira orquestra de samples composta por músicos em cadeiras de rodas do mundo. Nascidos há uma década no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, lançam no próximo dia 6 de dezembro, pela Omnichord Records, o seu impressionante disco de estreia, Amor Dimensional.
Cruzando diferentes géneros musicais e explorando novas fronteiras criativas, os Ligados às Máquinas têm desenvolvido, com o musicoterapeuta Paulo Jacob, ferramentas e metodologias de trabalho inovadoras e promotoras da plena participação artística.
O processo criativo dos Ligados às Máquinas sempre se destacou pelo uso, adaptação e criação de soluções de hardware e software que permitem aos integrantes – músicos com alterações neuromotoras – ter controlo e autonomia para disparar samples em tempo real em dispositivos adaptados.
Nos primeiros anos, os elementos dos Ligados Às Máquinas foram convidados a partilhar, nas sessões de trabalho, as músicas e os sons mais importantes e significativos na sua vida. Com a utilização do hardware Makey Makey (que converte objetos do quotidiano – condutores de corrente elétrica – em controladores), deu-se a epifania: E que tal constituir uma “orquestra” de amostras musicais? Uma espécie de melting pot musical, onde cada um participa ativamente no processo criativo do coletivo, partilhando a sua identidade musical e cruzando-a com a dos outros. O resultado foi uma amálgama poética de construção sonora coletiva.
E o que torna isto possível? Para além da paixão musical que une o coletivo, o outro grande aliado é … a tecnologia. Um computador, um Makey Makey, muita cablagem e controladores personalizados ao movimento funcional de cada um dos músicos. Cada músico “dispara” um ou mais samples, de acordo com uma organização que foi previamente acordada entre todos (desde o processo de amostragem e tratamento dos excertos musicais até à composição colectiva).
Em 2023, em colaboração com a Omnichord e numa residência artística para o Festival NASCENTES, o projeto adotou uma nova abordagem criativa e participativa, iniciando um processo de colaboração direta com diversos músicos e compositores, que cederam excertos musicais inéditos. O poder da música e da criação participativa foi o mote para o convite lançado a diversos nomes para que, através da cedência de samples da sua voz ou dos seus instrumentos, permitissem aos Ligados às Máquinas a criação de um arquivo sonoro que potenciaria novas composições feitas a muitas mãos, vozes e corações. Entre os que aceitaram o convite estão nomes como Ana Deus, Bruno Pernadas, Cabrita, Carincur, Catarina Peixinho, Coro Ninfas do Lis, Dada Garbeck, Filipe Rocha, First Breath After Coma, Gala Drop, Gui Garrido, Joana Gama, Joana Guerra, João Doce, João Maneta, João Pedro Fonseca, José Valente, Lavoisier, Mano a Mano, Moullinex, Nuno Rancho, Orquestra e Coro da Gulbenkian, Pedro Marques, Retimbrar, Ricardo Martins, Rita Braga, Rita Redshoes, Salvador Sobral, Samuel Martins Coelho, Samuel Úria, Selma Uamusse, Senhor Vulcão, Surma e Vasco Silva. O resultado acaba por ser uma fusão única de estilos musicais, do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music e da música erudita à música concreta, culminando num disco que se traduz numa linguagem única.
Amor Dimensional é o resultado de uma década de trabalho e amadurecimento de um processo coletivo que começou a explorar o universo sonoro familiar dos seus elementos para depois conseguir explorar, interpretar e compor algo realmente novo e seu a partir da novidade e do desconhecido que lhes foi apresentado por mais de 30 artistas nacionais.
São nove temas originais, que desenham um dia na vida de cada um: do amanhecer ao acordar, da procrastinação à tensão, da obrigatoriedade à liberdade de escolha limitada, da melancolia confortável à refeição aconchegante até ao merecido descanso (enriquecido pela possibilidade de sonhar).
O grupo estreou-se em palco em 2014, a convite do Teatro Municipal da Guarda e, desde então, apesar da desafiante logística, tem vindo a apresentar-se ao vivo todos os anos e os seus espetáculos são muitas vezes descritos como um confronto de duas forças fundamentais opostas e complementares: a estaticidade física e o movimento musical.
A música dos Ligados às Máquinas é uma construção sui generis: junta excertos cuja coabitação pode parecer improvável ou impossível, apresentando um todo unificado e harmonioso que, muito provavelmente, não soa a nada do que se tenha escutado até hoje.
Os Ligados Às Máquinas são Andreia Matos, Dora Martins, Fátima Pinho, Hélia Maia, Jorge Arromba, José Morgado, Luís Capela, Mariana Brás, Paulo Jacob, Pedro Falcão e Sérgio Felício.
Parapente700 – Pingacho (2024) (single)
Parapente700 – Pingacho (2024) (single)
Olá queridas amizades,
É com alegria que partilhamos a Campanha Internacional de Angariação de Fundos de Parapente700, que permitirá concluir o financiamento do nosso primeiro disco.
Após mais de 10 anos de uma longa caminhada entre inúmeros festivais e concertos, convocamos os nossos amigos e o público, para somarmos forças e realizar este projeto.
Cada contribuição e partilha é um enorme passo para alcançarmos esta meta, pois a campanha termina já no dia 8 de Dezembro ♡
Assiste à campanha completa no link abaixo, apoia com uma contribuição e partilha nas tuas redes 🙂
Ligados Às Máquinas – Acordar Prá Vida (2024) (single)
Ligados Às Máquinas – Acordar Prá Vida (2024) (single)
Os Ligados às Máquinas são, provavelmente, a primeira orquestra de samples composta por músicos em cadeiras de rodas do mundo. Nascidos há uma década no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, lançam no próximo dia 6 de dezembro, pela Omnichord Records, o seu impressionante disco de estreia, Amor Dimensional.
Cruzando diferentes géneros musicais e explorando novas fronteiras criativas, os Ligados às Máquinas têm desenvolvido, com o musicoterapeuta Paulo Jacob, ferramentas e metodologias de trabalho inovadoras e promotoras da plena participação artística.
O processo criativo dos Ligados às Máquinas sempre se destacou pelo uso, adaptação e criação de soluções de hardware e software que permitem aos integrantes – músicos com alterações neuromotoras – ter controlo e autonomia para disparar samples em tempo real em dispositivos adaptados.
Nos primeiros anos, os elementos dos Ligados Às Máquinas foram convidados a partilhar, nas sessões de trabalho, as músicas e os sons mais importantes e significativos na sua vida. Com a utilização do hardware Makey Makey (que converte objetos do quotidiano – condutores de corrente elétrica – em controladores), deu-se a epifania: E que tal constituir uma “orquestra” de amostras musicais? Uma espécie de melting pot musical, onde cada um participa ativamente no processo criativo do coletivo, partilhando a sua identidade musical e cruzando-a com a dos outros. O resultado foi uma amálgama poética de construção sonora coletiva.
E o que torna isto possível? Para além da paixão musical que une o coletivo, o outro grande aliado é … a tecnologia. Um computador, um Makey Makey, muita cablagem e controladores personalizados ao movimento funcional de cada um dos músicos. Cada músico “dispara” um ou mais samples, de acordo com uma organização que foi previamente acordada entre todos (desde o processo de amostragem e tratamento dos excertos musicais até à composição colectiva).
Em 2023, em colaboração com a Omnichord e numa residência artística para o Festival NASCENTES, o projeto adotou uma nova abordagem criativa e participativa, iniciando um processo de colaboração direta com diversos músicos e compositores, que cederam excertos musicais inéditos. O poder da música e da criação participativa foi o mote para o convite lançado a diversos nomes para que, através da cedência de samples da sua voz ou dos seus instrumentos, permitissem aos Ligados às Máquinas a criação de um arquivo sonoro que potenciaria novas composições feitas a muitas mãos, vozes e corações. Entre os que aceitaram o convite estão nomes como Ana Deus, Bruno Pernadas, Cabrita, Carincur, Catarina Peixinho, Coro Ninfas do Lis, Dada Garbeck, Filipe Rocha, First Breath After Coma, Gala Drop, Gui Garrido, Joana Gama, Joana Guerra, João Doce, João Maneta, João Pedro Fonseca, José Valente, Lavoisier, Mano a Mano, Moullinex, Nuno Rancho, Orquestra e Coro da Gulbenkian, Pedro Marques, Retimbrar, Ricardo Martins, Rita Braga, Rita Redshoes, Salvador Sobral, Samuel Martins Coelho, Samuel Úria, Selma Uamusse, Senhor Vulcão, Surma e Vasco Silva. O resultado acaba por ser uma fusão única de estilos musicais, do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music e da música erudita à música concreta, culminando num disco que se traduz numa linguagem única.
Amor Dimensional é o resultado de uma década de trabalho e amadurecimento de um processo coletivo que começou a explorar o universo sonoro familiar dos seus elementos para depois conseguir explorar, interpretar e compor algo realmente novo e seu a partir da novidade e do desconhecido que lhes foi apresentado por mais de 30 artistas nacionais.
São nove temas originais, que desenham um dia na vida de cada um: do amanhecer ao acordar, da procrastinação à tensão, da obrigatoriedade à liberdade de escolha limitada, da melancolia confortável à refeição aconchegante até ao merecido descanso (enriquecido pela possibilidade de sonhar).
O grupo estreou-se em palco em 2014, a convite do Teatro Municipal da Guarda e, desde então, apesar da desafiante logística, tem vindo a apresentar-se ao vivo todos os anos e os seus espetáculos são muitas vezes descritos como um confronto de duas forças fundamentais opostas e complementares: a estaticidade física e o movimento musical.
A música dos Ligados às Máquinas é uma construção sui generis: junta excertos cuja coabitação pode parecer improvável ou impossível, apresentando um todo unificado e harmonioso que, muito provavelmente, não soa a nada do que se tenha escutado até hoje.
Os Ligados Às Máquinas são Andreia Matos, Dora Martins, Fátima Pinho, Hélia Maia, Jorge Arromba, José Morgado, Luís Capela, Mariana Brás, Paulo Jacob, Pedro Falcão e Sérgio Felício.
Bombazine – Continuar Assim (2024) (single)
Bombazine – Continuar Assim (2024) (single) Id
A banda bombazine apresenta “Continuar Assim”, o último single de avanço do álbum Samba Celta, o primeiro longa duração da carreira do grupo, com lançamento marcado para o dia 15 de novembro de 2024.
O novo disco é fruto de cerca de um ano de trabalho criativo da banda em estúdio, culminando numa viagem por 9 faixas que consolidam as raízes e influências do grupo, pintando-as na tela de um Portugal moderno.
O título Samba Celta simboliza as balizas criativas que a banda usou na definição da estética do novo trabalho: “Estávamos com algumas influências de sonoridades mais tropicais e queríamos contrastá-las com uma emoção mais local, mais portuguesa. O resultado não é seguramente samba nem celta, mas acreditamos que as músicas têm todas um paralelismo estético que as une”.
Gravado no Bairroup Studios, em Lisboa, o disco conta com a produção e mistura de João Sampayo e a masterização de Miguel Pinheiro Marques (Arda Recorders).
Conta ainda com a participação dos músicos Fernão Biu (sopros), Sofia Ribeiro de Faria (violinos), Inérzio Macome (violoncelo) João Sampaio (percussões, coros) e Quica Granate (coros).
Em relação ao EP de estreia Grã-Matina, que assumiu uma verticalidade indie mais “rock”, Samba Celta representa “uma procura consciente por novos horizontes estéticos, sem nunca perder de vista os elementos de um tecido sonoro vincado pelo groove”.
A base do novo disco está, segundo o grupo, na opção por uma base rítmica mais seca e orgânica, temperada com a presença dos elementos psicadélicos dos sintetizadores e com outras texturas mais dramáticas, como as cordas.
“Os arranjos de cordas acabaram por se tornar um elemento característico do álbum e foi para nós uma experiência muito enriquecedora trabalhar com a Sofia e o Inérzio e perceber o processo e os desafios de dar vida às nossas composições fora da dinâmica normal da banda”.
Em Samba Celta predomina o lado mais alegre e festivo, mas também há espaço para momentos mais introspectivos.
Depois das notas quentes de “Cartago” e “Pouca Dura”, “Continuar Assim” é uma das canções do lado mais “chuvoso” do disco, assumindo uma balada que não descura o ritmo e explorando liricamente a tensão entre a presença e a ausência, entre o estar acompanhado e o estar só. “É um tema que convida à reflexão sobre as relações e os seus altos e baixos, lembrando que também há dias sem refrões”.
É uma canção que dá a conhecer a camada mais emotiva que a banda pretendeu introduzir no novo trabalho e que também estará presente noutras faixas do disco.
Samba Celta estará disponível em todas as plataformas digitais no dia 15 de novembro e já há planos para a sua apresentação nos palcos, a anunciar em breve.
Formados em 2022, os bombazine são uma banda lisboeta de indie pop/ rock que conta com Filipe Andrade (baixo), Manuel Figueiredo (teclas), Manuel Granate (bateria), Manuel Protásio (guitarra) e Vasco Granate (voz/guitarra).
Yakuza – Batota (2024) (single)
Yakuza – Batota (2024) (single)
YAKUZA regressam aos discos e anunciam concertos
O álbum ‘2’ é uma versão maturada do seu jazz sem fronteiras
YAKUZA põe todo o cool no jazz. Ao segundo álbum deste coletivo que se apresentou em 2020 com “AILERON”, é notável a progressão na conjugação da eletrónica dentro do universo permeável do jazz. Em “Penha” e “Batota”, os dois singles estreantes deste novo disco, já nos brindavam com esta naturalidade na criação por parte dum grupo aberto a cinco elementos – Afonso Serro, Afta3000, Pedro Ferreira, Alexandre Moniz e Pedro Nobre -, que tem a magia de se fazer mais forte na mobilidade entre músicos em estúdio e em palco.
Em ‘2’ os instrumentais do coletivo YAKUZA falam alto como num tasco e ao longo de 10 temas rodam num cenário improvisado onde as personagens são livres para dançar como em “Truque Di Mente” ou “Partido Alto”, mas também para levitar como em “Batota” ou “KPM” e contemplar como em “Manilha” ou “Aida”. Como pano de fundo há um miradouro lisboeta com vista para Penha de França. A música dos YAKUZA é caracterizada pelo meio urbano de bairros das classes trabalhadoras como Olaias e Picheleira, em que o sentido comunitário e despretensioso prevalece. A juntar-se a essa influência local, confirma-se aqui a consistência numa direção estética que se afirma na modernidade dum jazz não estanque com momentos plenos de sedução provocados por sintetizadores, bateria sincopada, teclados luxuosos e grandes linhas de baixo, movimentado e possante.
‘2’ está já disponível em todas as plataformas digitais e merecerá uma edição em vinil a ser anunciada em breve nas redes sociais do coletivo.
YAKUZA apresentam ao vivo o disco no próprio dia do seu lançamento, a 25 de outubro, no Maus Hábitos (Porto) e um mês depois, a 30 de novembro, na Galeria Zé dos Bois (Lisboa).