Ligados Às Máquinas – Amor Dimensional (Paulo Jacob, Entrevista 30-01-25)

Ligados Às Máquinas – Amor Dimensional (entrevista com Paulo Jacob, 30/01/25)

Paulo Jacob apresenta o disco “Amor Dimensional” do grupo Ligados às Máquinas na Rádio Olisipo.

Autor da entrevista: Francesco Valente 

Os Ligados às Máquinas são, provavelmente, a primeira orquestra de samples composta por músicos em cadeiras de rodas do mundo. Nascidos há uma década no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, lançam no próximo dia 6 de dezembro, pela Omnichord Records, o seu impressionante disco de estreia, Amor Dimensional.

Cruzando diferentes géneros musicais e explorando novas fronteiras criativas, os Ligados às Máquinas têm desenvolvido, com o musicoterapeuta Paulo Jacob, ferramentas e metodologias de trabalho inovadoras e promotoras da plena participação artística.

O processo criativo dos Ligados às Máquinas sempre se destacou pelo uso, adaptação e criação de soluções de hardware e software que permitem aos integrantes – músicos com alterações neuromotoras – ter controlo e autonomia para disparar samples em tempo real em dispositivos adaptados.

Nos primeiros anos, os elementos dos Ligados Às Máquinas foram convidados a partilhar, nas sessões de trabalho, as músicas e os sons mais importantes e significativos na sua vida. Com a utilização do hardware Makey Makey (que converte objetos do quotidiano – condutores de corrente elétrica – em controladores), deu-se a epifania: E que tal constituir uma “orquestra” de amostras musicais? Uma espécie de melting pot musical, onde cada um participa ativamente no processo criativo do coletivo, partilhando a sua identidade musical e cruzando-a com a dos outros. O resultado foi uma amálgama poética de construção sonora coletiva.

E o que torna isto possível? Para além da paixão musical que une o coletivo, o outro grande aliado é … a tecnologia. Um computador, um Makey Makey, muita cablagem e controladores personalizados ao movimento funcional de cada um dos músicos. Cada músico “dispara” um ou mais samples, de acordo com uma organização que foi previamente acordada entre todos (desde o processo de amostragem e tratamento dos excertos musicais até à composição colectiva).

Em 2023, em colaboração com a Omnichord e numa residência artística para o Festival NASCENTES, o projeto adotou uma nova abordagem criativa e participativa, iniciando um processo de colaboração direta com diversos músicos e compositores, que cederam excertos musicais inéditos. O poder da música e da criação participativa foi o mote para o convite lançado a diversos nomes para que, através da cedência de samples da sua voz ou dos seus instrumentos, permitissem aos Ligados às Máquinas a criação de um arquivo sonoro que potenciaria novas composições feitas a muitas mãos, vozes e corações. Entre os que aceitaram o convite estão nomes como Ana Deus, Bruno Pernadas, Cabrita, Carincur, Catarina Peixinho, Coro Ninfas do Lis, Dada Garbeck, Filipe Rocha, First Breath After Coma, Gala Drop, Gui Garrido, Joana Gama, Joana Guerra, João Doce, João Maneta, João Pedro Fonseca, José Valente, Lavoisier, Mano a Mano, Moullinex, Nuno Rancho, Orquestra e Coro da Gulbenkian, Pedro Marques, Retimbrar, Ricardo Martins, Rita Braga, Rita Redshoes, Salvador Sobral, Samuel Martins Coelho, Samuel Úria, Selma Uamusse, Senhor Vulcão, Surma e Vasco Silva. O resultado acaba por ser uma fusão única de estilos musicais, do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music e da música erudita à música concreta, culminando num disco que se traduz numa linguagem única.

Amor Dimensional é o resultado de uma década de trabalho e amadurecimento de um processo coletivo que começou a explorar o universo sonoro familiar dos seus elementos para depois conseguir explorar, interpretar e compor algo realmente novo e seu a partir da novidade e do desconhecido que lhes foi apresentado por mais de 30 artistas nacionais. 

São nove temas originais, que desenham um dia na vida de cada um: do amanhecer ao acordar, da procrastinação à tensão, da obrigatoriedade à liberdade de escolha limitada, da melancolia confortável à refeição aconchegante até ao merecido descanso (enriquecido pela possibilidade de sonhar).

O grupo estreou-se em palco em 2014, a convite do Teatro Municipal da Guarda e, desde então, apesar da desafiante logística, tem vindo a apresentar-se ao vivo todos os anos e os seus espetáculos são muitas vezes descritos como um confronto de duas forças fundamentais opostas e complementares: a estaticidade física e o movimento musical.

A música dos Ligados às Máquinas é uma construção sui generis: junta excertos cuja coabitação pode parecer improvável ou impossível, apresentando um todo unificado e harmonioso que, muito provavelmente, não soa a nada do que se tenha escutado até hoje. 

Os Ligados Às Máquinas são Andreia Matos, Dora Martins, Fátima Pinho, Hélia Maia, Jorge Arromba, José Morgado, Luís Capela, Mariana Brás, Paulo Jacob, Pedro Falcão e Sérgio Felício.

Orquestramente Pop – Michael Faustino (entrevista 30-01-25)

Orquestramente Pop (Entrevista 30-01-25)

Mickael Faustino comenta na Radio Olisipo sobre os novos espetáculos do projeto Orquestramente Pop

Autor da entrevista: Francesco Valente

A Orquestramente Pop é um projeto solidário que leva música e esperança a crianças, jovens e famílias em hospitais, escolas e IPOs.

No próximo dia 9 de Fevereiro, pelas 16h00m, a Orquestramente Pop leva o espectáculo Super Heroes In Concert ao Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.


Super Heroes In Concert é muito mais do que um concerto – é uma celebração da força, coragem e magia dos super-heróis que nos inspiram todos os dias.

Ao som de uma orquestra ao vivo com performances arrebatadoras, num espectáculo envolvente e cheio de emoção, ouvem-se os temas mais icónicos e épicos dos super-heróis da Marvel e DC Comics, numa experiência imersiva e inesquecível, ideal para toda a família.

Dia 19 de Abril (nova data), pelas 16h00m, o espectáculo Sistema Musical é apresentado no Fórum Lisboa e conta com os convidados Mickael Faustino, André Santos, Surma, Bruno Santos e haverá surpresas.

Estes concertos são sempre um verdadeiro desafio, tanto a nível musical como a nível de comunicação, estimula-nos a desenvolver uma capacidade de adaptação muito rápida para que a experiência seja a melhor possível para o público. A nível pessoal é muito enriquecedor, a nível profissional transporta-me para uma realidade diferente da convencional o que proporciona também o desenvolvimento e crescimento.

Bruno Santos

Em Sistema Musical a música é o passaporte e cada concerto é uma viagem incrível a planetas únicos, dedicados a instrumentos musicais. As famílias serão transportadas para um universo mágico, guiadas por músicos talentosos que, através de um repertório emocionante, revelam as histórias, características e encantos de cada instrumento. Nesta edição especial, viajaremos por quatro planetas incríveis: Planeta Electrónica, Planeta Trompa, Planeta Saxofone e Planeta Guitarra.
Mas a aventura não termina aqui! No final do concerto, as crianças terão a oportunidade de explorar e experimentar os instrumentos, transformando curiosidade em descobertas inesquecíveis.

A receita destes espectáculos, após as despesas, será usada para concretizar um sonho: levar música, alegria e momentos de alívio a crianças, jovens e famílias em hospitais e instituições, com a realização de mais de 50 concertos didáticos em 2025, incluindo visitas regulares ao IPO de Lisboa e Porto, Hospital de Santa Maria, Hospital D. Estefânia, Hospital São João, Casas Acreditar de Lisboa, Porto e Coimbra e muitas outras organizações.

Nestes concertos didácticos, a música é apresentada de forma interativa e educativa, permitindo que crianças e famílias conheçam os instrumentos, vivam momentos de descontração e sintam o poder da música como uma força de transformação. Estes eventos são mais do que entretenimento – são uma forma de levar esperança, conforto e inspiração a quem enfrenta desafios difíceis.

O importante é que cada pessoa adquira um bilhete, de forma a nos ajudar a levar música a quem mais precisa! Cada bilhete vendido é uma oportunidade de fazer a diferença. Vibre com a música, viva a experiência e ajude-nos a espalhar alegria e esperança.


Com a ajuda de todas as pessoas que adquirirem um bilhete para um dos espectáculos, podemos fazer muito mais e levar esta iniciativa a ainda mais comunidades, transformando vidas através da magia da música.

Juntos podemos transformar a vida!

Bombazine – Samba Celta (Entrevista 30-01-25)

Bombazine – Samba Celta (Entrevista 30-01-25)

Manuel Protasio comenta na Radio Olisipo sobre o novo álbum dos Bombazine “Samba Celta”

Autor da entrevista: Francesco Valente

Os bombazine anunciam as primeiras datas da apresentação ao vivo do seu LP de estreia Samba Celta, numa digressão que irá passar por Lisboa, Porto, Évora, Leiria e Famalicão, e que contará ainda com mais concertos.

A banda vai estrear a apresentação do disco no Musicbox, em Lisboa, dia 8 de fevereiro, seguindo para uma estreia na cidade do Porto no dia 21 de fevereiro, no Maus Hábitos – Espaço de Intervenção Cultural.

Após os concertos de Lisboa e Porto, segue-se a participação da banda nas meias-finais do Festival da Canção 2025, no dia 1 de março.

As apresentações ao público retomam no mês de abril, com concertos na SHE em Évora (5 de abril), no Texas Bar em Leiria (12 de abril) e na Casa do Artista Amador, em Famalicão (16 de maio).

O novo disco da banda é fruto de cerca de um ano de trabalho criativo em estúdio, culminando numa viagem por 9 faixas que consolidam as raízes e influências do grupo, pintando-as na tela de um Portugal moderno.

O título Samba Celta simboliza as balizas criativas que a banda usou na definição da estética do novo trabalho: “Estávamos com algumas influências de sonoridades mais tropicais e queríamos contrastá-las com uma emoção mais local, mais portuguesa. O resultado não é seguramente samba nem celta, mas acreditamos que as músicas têm todas um paralelismo estético que as une”.

Gravado no Bairroup Studios, em Lisboa, o disco conta com a produção e mistura de João Sampayo e a masterização de Miguel Pinheiro Marques (Arda Recorders). Conta ainda com a participação dos músicos Fernão Biu (sopros), Sofia Ribeiro de Faria (violinos), Inérzio Macome (violoncelo) João Sampaio (percussões, coros) e Quica Granate (coros).

O disco – lançado nas plataformas de streaming em novembro de 2024 – conta agora com uma edição física limitada e exclusiva em vinil, já disponível para venda através do marketplace da banda e do Spotify.

Em relação ao EP de estreia Grã-Matina, que assumiu uma verticalidade indie mais “rock”, Samba Celta representa “uma procura consciente por novos horizontes estéticos, sem nunca perder de vista os elementos de um tecido sonoro vincado pelo groove”.

Depois dos singles “Cartago”, “Pouca Dura” e “Continuar Assim”, a banda recorta também um novo single do álbum Samba Celta – intitulado “Até Três”. A canção retoma a sonoridade mais alegre e festiva de “Cartago” e “Pouca Dura” – evocando os grooves mais dançáveis a que a banda nos tem habituado – e conta ainda com as participações especiais de Fernão Biu (Zarco, Conjunto Cuca Monga) no clarinete, e Sofia Ribeiro de Faria, nos violinos.

A banda tem planos para estender a sua digressão pelo país, com mais datas a anunciar em breve.

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #4: Lily Nobrega e Rui Galveias (entrevista 29/08/24)

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #4: Lily Nobrega e Rui Galveias (entrevista 29/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

No próximo dia 22 de Setembro, a partir das 17h00, queremos muito contar com a tua presença para celebrar o 4.º aniversário da Base Organizada da Toca das Artes, o espaço da Associação Toca das Artes.

Este é um convite à alegria e às descobertas do ritmo nas mãos e dos sons no corpo. Porque este espaço é do sentir e do aprender, aprender sempre!

Neste Setembro do Equinócio celebramos a Base Organizada da Toca das Artes feita de quatro anos de encontros e abraços. Celebramos mil eventos, porque as coincidências o quiseram assim.

Sinceramente, não temos a certeza se no dia 22 chegamos lá ou se já os ultrapassámos.
São tão diversos, tão vivos, como mais de mil palavras.
Este é um lugar de resistência e amor.
Vem celebrar connosco!

Slowburner – Life Happens In The Interim (entrevista 26/08/24)

Slowburner – Life Happens In The Interim (entrevista 26/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

Após o impacto inicial do single “All the possibilities of the universe”, Slowburner, o projeto musical de Élvio Rodrigues, está de volta com um novo tema. “Wildcard”, o segundo single do álbum de estreia Life Happens In The Interim, já está disponível e promete cativar a atenção com a sua mensagem poderosa e o videoclipe intrigante, em que a narrativa visual se entrelaça com o conceito da música.

Em “Wildcard”, Slowburner explora o poder do livre-arbítrio, uma metáfora que transforma a vida num jogo onde cada um de nós tem uma carta especial – a “wildcard” – que pode mudar o curso da nossa existência. Contudo, como na vida, também aqui é necessário discernimento para saber quando e como usar essa carta. Este single é acompanhado por um videoclipe que, tal como a música, navega entre o real e o simbólico. Filmado nos campos do Alentejo, o vídeo transporta o espectador para um cenário onírico, onde a descoberta de uma carta misteriosa leva o protagonista (Slowburner) a uma experiência surreal, culminando num final aberto e cheio de possibilidades, deixando o público a questionar o que é real e o que é apenas um reflexo dos desejos mais profundos.

Este single vem abrir caminho para o lançamento do muito aguardado álbum Life Happens In The Interim, que estará disponível no próximo dia 13 de Setembro em todas as plataformas de streaming, bem como em formato vinil. Neste trabalho, Slowburner conduz-nos por uma jornada introspectiva, explorando as tensões da vida moderna – o delicado equilíbrio entre a busca pelo que realmente nos faz sentir vivos e as exigências do quotidiano que desafiam a nossa atenção e energia. O álbum, composto por nove faixas, culmina precisamente em “Wildcard”, deixando o ouvinte numa encruzilhada, onde a decisão sobre o próximo passo é deixada ao critério de cada um.

Este projeto surge na sequência de um percurso já notável de Slowburner. Em 2017, Élvio Rodrigues lançou o EP de estreia Before I Return To Dust, seguido da mixtape Sunday Mornings Are For Piano em 2019, que nasceu de um desafio criativo nas redes sociais. A sua capacidade de inovação e sensibilidade artística valeu-lhe uma menção honrosa no concurso Novos Talentos FNAC 2018 e, mais recentemente, a distinção como finalista do Festival Termómetro 2023, onde apresentou ao vivo o tema “Wildcard”, entre outros.

Life Happens In The Interim promete ser um marco na carreira de Slowburner, um disco onde o piano, gravações de campo e ambientes cuidadosamente desenhados criam um espaço onde a música transcende classificações, convidando-nos a uma imersão profunda na complexidade da vida.

Com este lançamento, Slowburner reafirma-se como um dos projetos mais intrigantes da cena musical contemporânea, onde a realidade e a imaginação se encontram, criando uma narrativa única e envolvente.

Ouça “Wildcard” aqui e prepare-se para o lançamento de Life Happens In The Interim no dia 13 de Setembro. O álbum já se encontra disponível para pre-order, tanto em formato digital como em vinil.

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #3: Yeti Pop (entrevista 26/08/24)

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #3: Yeti Pop (entrevista 26/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

YETI POP é uma celebração do fim do mundo como o conhecemos.

Trompetes estrondosos, violinos e harmonias vocais juntam-se a um núcleo de guitarras elétricas para entregar uma marcha cacofónica até ao esquecimento.

Formado em Beirute em 2016 pelos membros fundadores Wael Abifaker e Adrian Hartrick, o YETI POP reune músicos do Líbano das cenas do jazz, do metal e do funk culminando num som multi-instrumental de sete elementos, conhecidos pelas suas músicas de alta energia e teatralidade em palco. O seu som adjacente ao rock combina estilos folk internacionais e guitarras pesadas, com um respeito saudável pela narrativa.

Desde a sua criação, têm vindo a evoluir ao vivo tocando em alguns dos principais locais de Beirute, incluindo Station Beirut, Metro al Madina, a Grande Fábrica e os Banhos Romanos, palco da Fete de la Musique.

Em 2024 lançarão o seu primeiro EP Sunday BBQ Massacre um projeto de 5 músicas com muito mais por vir.

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #2: Luis Macedo (entrevista 26/08/24)

Quatro Anos de Cultura Lugar de Resistência #2: Luis Macedo (entrevista 26/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

– Exposição | Luís Macedo

Acompanha-me (provavelmente) desde sempre este meu interesse pelos outros e pelas conexões que existem entre si, que originam a construção de ideias e vontades que levam muitas vezes à criação de comunidades que trabalham para objectivos comuns, proporcionando o espaço e o ambiente propício para o desenvolvimento social, cultural e artístico destas mesmas comunidades.

Inerente à vontade de criar algo maior e melhor, que seja ambiente incubador de um espírito de união e um espaço que permita o crescimento de cada um em conexão com os outros, é indispensável a capacidade de resistir. Esta qualidade tantas vezes confundida como oposição, neste âmbito da criação, é mais uma persistência resiliente fundada numa força intuitiva e inspiradora que impele à construção de algo melhor e transformador por pessoas que em movimento se tornam melhores e, em si mesmas, motores de transformação da sociedade.

Conheci a BOTA em 2022 quando vim documentar um concerto de uma grande amiga. O acolhimento generoso da Lily Nóbrega e do Rui Galveias, assim como de toda a sua equipa, e o ficar a conhecer a sua história e o trabalho que realizavam, tiveram um forte impacto e ficou claro para mim a importância deste espaço e destas pessoas.

Em 2023, depois de fotografar alguns concertos na BOTA, o Rui propôs-me realizar uma exposição fotográfica com essas imagens. Daqui, e tendo em conta tudo o que já estava a viver neste espaço, foi natural transformar a exposição em algo mais e surge a ideia de um documentário fotográfico de longa duração a estrear no seu 4º Aniversário, no ano seguinte.

Esta exposição é o resultado deste trabalho fotográfico realizado ao longo de mais de um ano. Mas é apenas um relance desta imensa capacidade de resistir e realizar por parte da BOTA. É também, e ao mesmo tempo, uma homenagem e uma celebração de todo o trabalho realizado nestes quatro anos.

Em quatro anos, entre concertos, aulas, residências artísticas, eventos de poesia, peças de teatro, festas temáticas, workshops, exposições, sessões de cinema, a BOTA realizou mais de 1000 actividades.

Que a boa vontade de resistir continue a proporcionar a realização coisas bonitas que nos transformam em seres melhores.

Muitos Parabéns!

Luís Macedo, Fotógrafo Documental de Música, sediado em Lisboa, Portugal. Nasceu em Lisboa, filho de pai alfacinha e mãe alentejana em vésperas da revolução de Abril.

Na adolescência interessou-se por ciências e engenharia (o seu lado “geek”), mas também pelas artes, gostos que se intensificaram por fases e de forma alternada durante o seu percurso estudantil, navegando entre o Design, Ciências Naturais, Música, Informática e Fotografia.

Acabou por estudar Engenharia Informática, que se tornou também a sua área profissional.

A Música e a Fotografia sempre o acompanharam. Foi guitarrista em várias bandas; fotografava sempre que podia. O género documental sempre o atraiu. O captar da realidade, das emoções sentimentos verdadeiros. O contar histórias centradas na verdade da vida, seja em âmbito de familia, de rua ou da música.

Gui Garrido – Ágora (entrevista 29/08/24)

Gui Garrido – Ágora (entrevista 29/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

ÁGORA volta a ocupar o Castelo de Leiria em setembro e outubro

Entre as propostas artísticas há concertos de Niño de Elche & Raül Refree, Marina Herlop, Alabaster Deplume, Julius Gabriel, entre outros.

Após um primeiro fim-de-semana de ÁGORA com concertos de Marta Pereira da Costa, Angelica Salvi e La Familia Gitana, seguem-se mais dois fins-de-semana de programação multidisciplinar a dialogar com um dos ícones do património histórico-cultural da cidade, o Castelo de Leiria. ÁGORA cruza a memória, o presente e o que há-de vir através da exploração de diversos territórios artísticos, das artes performativas à música, das artes visuais à instalação. Nos primeiros fins-de-semana de setembro e outubro há, entre outros, concertos de Niño de Elche & Raül Refree, Marina Herlop, Julius Gabriel, Alabaster Deplume, Romeu Bairos, 6 Violas, residência artística das artistas Surma & Inês Condeço e mais a anunciar.

O sábado 7 de setembro, arranca com o concerto de Julius Gabriel, saxofonista alemão que se dedica à improvisação e à música contemporânea, numa mistura de percussão de dedos no saxofone com um sussurro contínuo de sirene que emana do instrumento, provocando euforia, medo e satisfação ao mesmo tempo. 

Na Igreja da Pena, teremos um concerto especial de Niño de Elche & Raül Refree, dois alquimistas do som, músicos que têm modernizado os códigos do flamenco e colaborado com artistas como Rosalía. C. Tangana, Rodrigo Cuevas, entre outros.

O dia encerra com Marina Herlop, compositora, vocalista e pianista catalã, formada em conservatório, que canalizou o seu ambiente de forma verdadeiramente pós-humana, realizando acrobacias vocais “alienígenas”, inspirando-se na música do sul da Índia, enquanto planta uma diversidade de sementes sonoras que florescem brilhantemente no seu sumptuoso jardim de composições quiméricas.

A multi-instrumentista Surma e a pianista e compositora Inês Condeço, ambas Leirienses, são convidadas para realizar uma residência artística e apresentar os seus universos sonoros, no domingo 8 de setembro.

A par da programação de música, no domingo haverá ainda propostas para os mais novos com a oficina e concerto do projecto A Música Dá Trabalho. Na primeira parte da atividade são montadas cinco estações de trabalho representativas de profissões da área da música e, no final, há um pequeno showcase de músicos de diferentes projetos da Omnichord que tocam versões da discografia, num espetáculo didático e interativo com o público presente.

No espaço subterrâneo das Cisternas, inaugura a instalação artística “Thalassa”, uma instalação site-specific dos artistas multidisciplinares Ângela Bismarck e Diogo Mendes, que propõe mapear o vazio, o incógnito e o etéreo. Através da imagem, ou da sugestão da mesma, o duo caminha nas margens da matéria concreta, explorando e anatomizando o que está para lá do infinito. “Thalassa” é a estreia da colaboração entre os dois artistas, numa fusão entre as suas práticas, vídeo arte e design de iluminação respectivamente. 

O bilhete habitual do Castelo de Leiria garante o acesso às atividades do ÁGORA, com lotação limitada à capacidade dos espaços. A compra do mesmo será feita diretamente no Castelo. 

O acesso ao castelo é gratuito para residentes no concelho de Leiria mediante apresentação de comprovativo de morada e identificação.

ÁGORA é um projeto cultural, que ao longo de três fins de semana, propõe um programa de música, artes performativas, instalações artísticas e ativa uma fruição e reflexão do património (i)material no seio do Castelo de Leiria.

PROGRAMA

7 de setembro

Ângela Bismarck & Diogo Mendes – Thalassa – Instalação

17h – Julius Gabriel – Concerto

18h – Niño de Elche & Raül Refree – Concerto

19h – Marina Herlop – Concerto

8 de setembro

Ângela Bismarck & Diogo Mendes – Thalassa – Instalação

15h30 – A Música Dá Trabalho – Oficina Infanto-juvenil* (atividade com inscrição)

17h00 – A Banda d’A Música Dá Trabalho – Concerto

18h00 – Surma & Inês Condeço – Concerto

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Victor Torpedo – Luna Fest (Entrevista 29/08/24)

Victor Torpedo – Luna Fest (Entrevista 29/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

Luna Fest: de 6 a 8 de Setembro, na Praça da Canção, em Coimbra. 

Este festival de Rock’n’Roll vai contar com 2 palcos: o Palco Principal, dedicado a bandas internacionais, para o qual já estão confirmados The Psychedelic Furs, Jon Spencer (Pussy Galore, Boss Hog, Heavy Trash), Lene Lovich, The Gories, Natty Bo & The Top Cats, Weird Omen, DEADLETTER, LA ÉLITE, Threatre of Hate, Kid Congo and The Pink Monkey Birds (Cramps, Nick Cave and the Bad Seeds e Gun Club), Johnny Throttle (The Parkinsons, Lucy & The Rats e The Gaggers) e Carrion Kids; e o Palco Lux Interior, totalmente dedicado à música nacional em parceria com a editora Lux Records, com concertos de Mão Morta, The Legendary Tigerman, Club Makumba, Selma Uamusse, Belle Chase Hotel, Twist Connection, M’as Foice, Birds Are Indie e So DeaD. Teaser vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=sRoeevlgE-k

Nuno Leocádio – Karma É… (Entrevista 27/08/24)

Nuno Leocádio – Karma É… (Entrevista 27/08/24)

Autor da entrevista: Francesco Valente

Karma É…: de 5 a 7 de Setembro, na Rua do Carmo, em Viseu. A programação vai contar com concertos, dj sets e uma criação artística, em harmonia com o tecido comercial e cultural local, para a promoção da diversidade de oferta cultural em Viseu. A programação foi pensada de acordo com o espaço a ocupar, respeitando as características de cada artista e espaço, o festival procurará criar ambientes distintos de fruição cultural, mas também momentos perfeitos para usufruto lúdico. O cartaz vai contar com Fenótipo Musical Extra, Tiago Sousa, Miss Universo, José Pinhal Post-Mortem Experience, Polyester, Nem Ele Nem Ela, Unsafe Space Garden, Fanfarra Kaustika e Pedro da Linha.

Santiago Vazquez – Ritmo com Sinais (entrevista 21/08/24)

Santiago Vazquez – Ritmo com Sinais (entrevista 21/08/24)

Workshop de Improvisação Musical – Ritmo com Sinais (no BOTA de 12 a 15 de setembro)

Esta iniciativa surge com a intenção de difundir e utilizar o método e linguagem de improvisação Ritmo com Sinais, criado pelo músico, compositor e produtor argentino Santiago Vazquez, como uma ferramenta de encontro e de criação colectiva musical em tempo real. Ritmo com Sinais é uma linguagem de mais de 130 sinais gestuais (é um sistema com cerca de 130 sinais gestuais) que permite coordenar improvisações rítmicas grupais para qualquer tipo de instrumento, vozes ou palmas.

Através desta linguagem um grupo de pessoas com qualquer grau de experiência musical (desde nenhuma experiência até músicos profissionais) pode criar música orgânica em poucos minutos, baseada nas habilidades de cada participante.

À semelhança dos anos anteriores, em 2024, a BOTA irá receber uma vez mais o músico Santiago Vazquez que dinamizará dois workshops direcionados a músicos profissionais ou estudantes de música de nível avançado. De 12 a 15 de setembro, este grupo de músicos trabalhará intensamente para apreender e desenvolver este método inovador, sendo que o resultado final será apresentado num grande concerto público no dia 15 de setembro, às 16 horas, na Alameda D. Afonso Henriques, no âmbito da programação do Festival TODOS.

Ainda Há Arraial Na Mouraria (2024) #11 – Filipe Sambado (entrevista 21-05-24)

Ainda Há Arraial Na Mouraria (2024) #11 – Filipe Sambado (entrevista 21/05/24)

A Filipe Sambado apresenta o seu último álbum “Três Anos de Escorpião em Touro (2024) na Radio Olisipo. Vai tocar no Ainda Há Arraial Na Mouraria (2024), no dia 15/06/24.

Autor:

Francesco Valente

A Filipe Sambado cria, compõe, escreve e produz música intrinsecamente portuguesa. Passou a infância e a adolescência em Elvas, Vila Nova de Santo André e Lagos. Regressou a Lisboa para estudar Teatro e Dramaturgia na Escola Superior de Teatro e Cinema e Técnicas de Som na Restart, acabando por se fixar nesta cidade. É co-fundador da produtora e agência musical Maternidade. Integrou o coletivo Springtoast Records.

Filipe Sambado faz canções imediatas que nos fazem cantar e reflectir sobre o mundo que nos rodeia e afecta. Composições notáveis ​​que partem de uma matriz pop e consolidam um universo sonoro que tanto estabelece cumplicidades com a música portuguesa – da canção de autor à música popular e de baile -, como se deixa contaminar pelo krautrock, lo-fi ou a hyperpop.