UMA MELODIA QUE EXPLORA OS DESAFIOS DO AMOR E DA VULNERABILIDADE.
” MY FAULT ? ” É UMA VIAGEM EMOCIONAL PELAS NUANCES DE UMA RELAÇÃO
Malibu Gas Station – Small Horse (2024) (single)
Malibu Gas Station – Small Horse (2024) (single)
Malibu Gas Station lançam o álbum “Never Never” e preparam regresso aos palcos em 2025
Os Malibu Gas Station, trio portuense formado em 2016 por Vítor Pinto, David Félix e, mais tarde, consolidado com João Losa, apresentam o seu segundo álbum, “Never Never”, que sucede ao disco de estreia “World Wide Dance”. Este trabalho chega ao público no final de dezembro, num gesto deliberadamente contracorrente — porque lançar um álbum num mês em que “ninguém quer saber” parece ser a atitude mais autêntica da banda.
O título, “Never Never”, carrega múltiplos significados. Por um lado, remete à qualidade imaginária, idealista e fantasiosa que define o termo no inglês britânico. Por outro, revela um capítulo que, segundo os próprios músicos, talvez queiram deixar para trás o quanto antes. “Adormecemos todos os dias sob o aplauso da nossa consciência”, poderia dizer alguém com autoridade, como um treinador português outrora citou. Este disco é o reflexo de uma banda que encerra ciclos, resolve carolices e se prepara para um futuro onde, esperam, o terceiro álbum seja o verdadeiro — ler “o verdadeiro” com o sotaque do Porto.
Desde que Vítor Pinto e David Félix formaram os Malibu Gas Station, foi na entrada de João Losa — antigo colega na banda O Abominável — que encontraram o tão sonhado “never-never”: aquele ideal utópico e perfeito de banda que parecia sempre fora de alcance. Este segundo disco reflete uma paz de espírito e, ao mesmo tempo, uma inquietação constante. Não é um álbum para agradar, talvez nem para a banda, mas é um passo necessário.
Parte do charme dos Malibu Gas Station reside na sua autossuficiência. Vítor Pinto é designer, David Félix trabalha como assessor de imprensa e João Losa é produtor musical. Combinando estas competências, o trio sabe que tem tudo para correr mal, e corre, sempre, mal, como previsto, mas com sentido.
“Desde que somos três, as coisas fazem sentido”, comentam Vítor e David. Mas esse sentido não vem de respostas fáceis. Ao longo deste projeto, tiraram elementos, adicionaram outros, voltaram a tirar. O resultado? Um disco que parece falar tanto de dúvidas como de certezas, e que anuncia, já em 2025, o regresso aos palcos — algo que não acontece desde o lançamento do single de estreia “Ellie Parker” em 2016.
Será que agora é que é? Será que os Malibu Gas Station se encontram finalmente resolvidos? Como agrupamento musical, preferem posicionar-se como um Braga ou um Belenenses, quem sabe até um Boavista, no campeonato — já que ir a um concerto é quase como ir à bola: sólidos, alternativos e fiéis a si mesmos, longe da pressão dos “três grandes”; uma defesa consistente, mas perto da reforma; ataque a duvidar de si mesmo; e um meio-campo inexistente nas transições defensivas e ofensivas que só vê jogar. “Somos todos amigos, a três, porque o gasóleo sai mais barato”, brincam. O preço do combustível, futebol e música também está relacionado, se usarmos o imaginário “Never Never”.
No entanto, a verdade é que os Malibu Gas Station nunca foram uma banda purista. Sempre carregaram consigo o impulso criativo e a resistência pragmática. “Nunca nos sentimos tão vivos como agora”, confessam. E isso, para eles, é o mais importante.
Com “Never Never”, a banda parece estar a fechar capítulos para abrir novos. O terceiro álbum, já prometido para o próximo ano, é onde as apostas estão. O que está para vir é sempre o melhor — a doce ansiedade. Até lá, este segundo disco é um lembrete de que a estrada é longa, mas nunca menos interessante.
A acompanhar o álbum, foi lançado o single “Small Horse”, o terceiro single de apresentação de “Never Never”. Inspirado pela reflexão de Darwin — “Poderia um pequeno potro, nascido numa estrebaria humilde, um dia galopar num hipódromo prestigiado? Não é essa, afinal, a questão e aspiração de muitos indivíduos nas sociedades?”.
“Never Never” acaba de ser editado e está disponível em todas as plataformas digitais. O regresso aos concertos está previsto para 2025, prometendo trazer aos palcos a energia renovada que agora define a banda.
Cherry – Rooftop (2024) (single)
Cherry – Rooftop (2024) (single) Id
Cherry edita videoclipe para “Rooftop”. Novo single é parte integrante do disco “The Good Breakup”, editado pela artista em 2023.
Após uma madrugada passada num telhado de Lisboa, olhando o Tejo, Cherry escreve “Rooftop”, remetendo-nos para “o lugar na Terra mais próximo do céu” — lugar esse em que sentimos liberdade para ser e amar, sem horários nem compromissos a cumprir. É esse amor e paz interior que nos colocam no topo do mundo e que a artista representa na sua plenitude neste novo single, que conta com a participação do multi-instrumentista Alexandre Manaia (Rui Veloso) na guitarra. O videoclipe do tema foi filmado em vários locais portugueses e noutros países europeus, ao longo de meses, pela própria cantora, alguns amigos e mesmo desconhecidos, e apresenta planos que refletem o espírito da letra: liberdade, solitude, mas não solidão.
Quanto ao disco “The Good Breakup”, é um trabalho que ganha vida num fechar de ciclo que se impunha: um conjunto de temas há muito compostos em parceria com Miguel Cervini. Cherry decide que estes temas teriam de ver a luz do dia, e “Cold Wind” foi a escolhida para a primeira representação do trabalho.
Produzido por Ivo Costa e Gonçalo Pimenta (Sara Tavares, Carminho, Dino D’ Santiago, Bateu Matou, Héber Marques) e gravado no estúdio Pimenta Preta, em Lisboa, com bem-sucedidos músicos como Diogo Santos, Hugo Ganhão, Ivo Costa, Miguel Cervini, Alexandre Manaia, Paulo Loureiro e Paulo Soares, o disco transportou a sonoridade da cantora para outros caminhos, assumidamente mais influenciados pela indie pop e indie rock, sem perder a voz quente e soul que a caracteriza.
“The Good Breakup” afasta-se conceptualmente do primeiro longa duração da artista, “London Express”, e foca-se na relação profissional e de amizade de Ana Caldeira — Cherry — e Miguel Cervini, como o final de um período de forte crescimento e grandes mudanças pessoais, do qual surgiu um produto final, como se de um filho se tratasse; terminando a parceria, fica a amizade e a boa convivência em prol de um bem comum: um conjunto de temas que a ambos são queridos e que tanto levou a crescer e a tornar-se no que é hoje: uma relação humana espelhada num trabalho artístico.
O LP “The Good Breakup” encontra-se disponível em todas as plataformas digitais desde 6 de janeiro de 2023, e o single, e respetivo videoclipe, “Rooftop”, acabou de ser disponibilizado.
Moré – Divina Quimica (2024) (single)
Moré – Divina Quimica (2024) (single)
Com produção vibrante de Donatinho, Morê convida ao balanço do amor na faixa-clipe “A DIVINA QUÍMICA”
Debut do disco “POUCO TEMPO E MATÉRIA” marca investida solo do músico e chega acompanhado por audiovisual do diretor de clipes Matheus Fractal.
Morê é o nome de palco de Thiago Val, músico à frente de projetos como as bandas “laranja oliva” e o “bagaço”, que o levaram à Virada Cultural Paulista, Circuito Sesc, SIM São Paulo, além de festivais como Locomotiva, Grito Rock e R.U.A. Após uma longa jornada de reflexões e movimentos pela cultura popular, o artista viu sua poesia renascer e, com ela, nasceu novo nome e disco, o ainda inédito POUCO TEMPO E MATÉRIA. Com produção assinada pelo talentoso produtor Donatinho, a faixa que inicia esse percurso, A DIVINA QUÍMICA, chega às plataformas de música no dia 18 de Dezembro, acompanhada por videoclipe dirigido por Matheus Fractal, que assina produções como as de ÀIYÉ e Francisco, el hombre – ouça.
Última música a surgir dentre as cinco faixas, somadas a um interlúdio, que integram POUCO TEMPO E MATÉRIA, A DIVINA QUÍMICA foi a primeira a ser gravada e ganhou espaço para virar single a partir do processo de produção do disco. Do primeiro encontro com Donatinho, Morê tirou sensações que reafirmaram esse novo passo dado na carreira: “Ouvimos música, dançamos, cantamos, compartilhamos alguns gostos em comum por timbres de teclado velho. Na volta pra casa, feliz da vida por aquele dia incrível e certo de que havia encontrado a linguagem musical que eu procurava para produzir, fiquei refletindo sobre os encontros mágicos da vida e me maravilhei ao perceber como tudo se arranja bem quando há amor e disposição”.
Extasiado com o arranjo universal de todas as coisas – desde a organização atômica de uma molécula de carbono até a mais sublime das engenharias que é a vida humana – o músico compôs uma faixa leve, pra dançar e cantar junto, com foco nos prazeres e cuidados dessa máquina viva que é o corpo. Gravada em apenas duas sessões, A DIVINA QUÍMICA recebeu bateria diretamente da Austrália, pouso do parceiro e músico Marcelo Bonin (Bona). Os metais foram arranjados no estúdio de Donatinho, “ali na hora mesmo”, e executados por Bruce William (trompete) e Glaucio Santana (trombone), resultando numa faixa pop com bateria, baixo, guitarra, muitas linhas de teclado e sintetizadores e ataques precisos de metais.
Sobre o videoclipe produzido para a faixa, com direção assinada por Matheus Fractal, Morê conta que a ideia era mostrar a beleza do corpo humano em movimento e nas suas mais variadas formas e cores; por isso a constituição de um elenco plural: “O foco era a dopamina, hormônio liberado em atividades simples como uma caminhada, um treino de academia, um abraço genuíno. Mas também incluímos a endorfina com cenas de total prazer com a comida. Dessa ideia de movimento e bem estar surgiu a possibilidade da dança, de um clipe todo coreografado e aí eu chamei a Domi que foi quem pensou e dirigiu de maneira fantástica nosso elenco, que era composto metade por bailarinos e metade por pessoas dispostas (risos)”.
POUCO TEMPO E MATÉRIA é o primeiro trabalho solo do artista, que propõe em grooves soltos e poesia minimalista a ideia de que tudo que temos à nossa disposição para chegar ao lugar desejado é matéria atômica arranjada na forma dos nossos corpos, e um breve recorte no espaço-tempo do universo. Por isso, é necessário pensar bem em como investimos nossa energia: relações humanas ou telas digitais? Autodestruição ou autocuidado? É preciso agir, e agora – essas são as diretrizes do álbum de estreia de Morê e sua primeira faixa é a celebração do privilégio de viver, regido por algo inominável que agora se define como sendo tão grande, e somente, A DIVINA QUÍMICA do amor.
Vitor Wutzki – Hotel Coração Partido (2024) (single)
Vitor Wutzki – Hotel Coração Partido (2024) (single)
Títulos de Elvis Presley inspiram o “hotel coração partido” do músico e poeta Vitor Wutzki
Canção sucede álbum Espaço em Branco e vem acompanhada por audiovisual cinematográfico e show com participação da cantora YMA, em São Paulo
Vitor Wutzki – que no palco acompanha artistas como Bruna Lucchesi e Luís Capucho – pende delicadamente entre a poesia concreta e a música. É a esse movimento que o artista conduz quem adentra o universo de seu novo trabalho, a faixa-clipe hotel coração partido, sucessora do disco de estreia espaço em branco, lançado no último mês de julho. Composta por títulos de canções gravadas por Elvis Presley, traduzidas e organizadas por Wutzki numa brincadeira criativa que se utiliza da mitologia pop de Presley, “hotel coração partido” será lançada como fonograma no dia 06 de dezembro, sexta-feira, e é possível escolher onde escutar aqui. Já o audiovisual de ares cinematográficos que acompanha a canção estará disponível, simultaneamente, no canal do diretor Antonio Sobral, quem assina a produção, e pode ser visto ao vivo na véspera (05/12), em show que acontece na Porta, em Pinheiros, São Paulo, às 21h, com participação da cantora YMA.
Te seguro no meu coração enquanto não posso segurar nos meus braços. Tocante e marcada pelo humor da proposta (amor-humor) a canção surgiu durante a residência artística São João, em São José do Vale do Rio Preto. A princípio, foi composta para entrar na trilha sonora de um filme que começou a ser produzido ali, dirigido pela artista argentina Wo Portillo. “Ela me disse que precisava de uma música que falasse sobre ‘crises do amor’ para sua protagonista cantar. Sabia que esse pedido também carregava um pouco de humor e ironia. Lembrei do poema que havia começado a escrever, ainda a caminho da residência, depois de ver um título de música do Elvis Presley no Spotify – I Hold You In My Heart (Till I Can Hold You In My Arms) – e imaginá-lo traduzido para o português”, comenta Wutzki sobre o processo que resulta em “hotel coração partido”.
Notar a constante aparição da palavra azul nas letras de Presley (“Blue moon”, “Blue Suede Shoes”, “Blue River”) contribui para a atmosfera musical da faixa, e de seu videoclipe. Coincidências da vida, na época havia sido lançado o filme de Sofia Coppola “Priscilla”, que narra a relação da protagonista com Presley, com quem foi casada. “Acho um dos pontos altos dos filmes da Sofia suas escolhas de trilha sonora. Posso dizer que para a sonoridade da música imaginei isso: que ela soasse, ao meu ver, qual trilha da Coppola”. Com referências que passam pelo músico francês Sebastien Tellier e o tropicalismo brasileiro, foi nascendo a faixa que evoca um personagem-fera, cujo grau de eroticidade beira o perigo: Você não passa de um cão de caça. Gravada numa sala de estudos da residência São João, enquanto acontecia uma festa em outro ambiente, “hotel coração partido” é blue e é, também, fogo.
Filmado por Antonio Sobral, o clipe complementar à música é uma ode aos prazeres de amar livremente, consciente de todos os riscos, todas as camadas. Thainá Branco, que partilha as vozes da canção e estrela o audiovisual, foi escalada tanto pela diretora Wo Portillo para atuar no filme que estava produzindo quanto por Vitor para cantar em dueto. Ambos viram nela um estilo próprio, sagaz, de fazer as coisas, e a convidaram para estrear – brincadeira ou profecia – como atriz e cantora. Ainda é parte do lançamento de “hotel coração partido” uma série de clipes para versões de Wutzki de músicas que o influenciaram e que citam a cor azul, como: “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” (Lô Borges/Márcio Borges), “Terrapin” (Syd Barret), “Blue Crystal Fire” (Robbie Basho), “Ilha Azul” (Clodo, Climério e Clésio).
HOTEL CORAÇÃO PARTIDO
Lua azul Você me deu a montanha Sapato de camurça azul Você não passa de um cão de caça Rio azul Te seguro no meu coração Enquanto não posso segurar nos meus braços Me beijo rápido Me ame com ternura Coração de madeira Você perdeu aquela sensação de amor Hotel Coração Partido Amor queimando
Letra de “hotel coração partido”, feita só com títulos de canções de Elvis Presley traduzidos
FICHA TÉCNICA
Composição, voz e produção musical
Vitor Wutzki
Participação especial (voz)
Thaina Branco
Direção, produção, fotografia e montagem
Antonio Sobral
Direção de arte, maquiagem e figurino
Maira Mesquita & Marina Paturi
Iluminação
Morim Lobato
Colorização
Felipe Manoel, APTA
Produção local
Lídia Ganhito
Direção extra
Wo Portillo del Rayo
Elenco
Ana Paula Mendez
Angelica Liv
Giselle Corsello
Lidia Ganhito
Martin Wollmann
Mari Romano
Monaliza Marchi
Rafael Federman
Thaina Branco
Ynaiê Dawson
Assistência de arte
Tarsila Louzano
Johanna Landscheidt
Artes Graficas
Gui Patury
Gravação
Estudio Zarvos
Agradecimentos especiais
Manu Sobral
Maria Fernanda Monteiro de Barros
Nestor Luiz
Apoio
Objeto de cena
Casa Nova
Rita Dias e Maria Voulgari – ΑΝ ΜΠΟΡΟΥΣΑ – Se Eu Pudesse (2024) (single)
Rita Dias e Maria Voulgari – ΑΝ ΜΠΟΡΟΥΣΑ – Se Eu Pudesse (2024) (single)
Rita Dias e Maria Voulgari num dueto que une Portugal e Grécia!
A aclamada cantora/compositora Maria Voulgari convida a cantora portuguesa Rita Dias para um dueto que une Portugal à Grécia. O novo single intitula-se “An borousa/Se eu pudesse”.
As duas artistas unem os seus talentos e criam um som original integrando as culturas musicais da Grécia e de Portugal, transportando o público para uma atmosfera emotiva e nostálgica, realçando a extensão do diálogo musical-emocional através da união das línguas grega e portuguesa. Repletas de profunda interioridade e lirismo, as letras de Voulgari convidam-nos a explorar as linhas invisíveis que ligam sonhos e desejos.
“An borousa/Se eu pudesse” foi gravada no final do verão de 2024 na Grécia!
“Trabalhar com a Maria foi uma experiência maravilhosa. Foi como se integrássemos dois mundos, a Grécia e Portugal, e criássemos algo verdadeiramente único. Conectei-me diretamente com a alma da música e espero que toque os ouvintes tal como me tocou a mim.” Rita Dias
João Pedro Silva, Pedro Santos E Rita Maria – Prelúdio Em Sol Menor, Bernardo Sassetti (2024) (single)
João Pedro Silva, Pedro Santos E Rita Maria – Prelúdio Em Sol Menor, Bernardo Sassetti (2024) (single)
João Pedro Silva, Pedro Santos e Rita Maria juntos em “Frutos Maduros”
Novo trabalho discográfico editado pela Artway Records
Frutos Maduros é o novo trabalho de Pedro Santos e João Pedro Silva, com a participação especial de Rita Maria, editado a 22 de novembro de 2024 pela Artway Records. Este disco resulta de um percurso conjunto de mais de 25 anos de palco entre Pedro Santos e João Pedro Silva, uma dupla de acordeão e saxofone que se distingue pela profunda cumplicidade e pela abordagem sensível e refletida à música. A partir de obras de quatro compositores portugueses de jazz contemporâneo — Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Daniel Bernardes e Jorge Salgueiro — e de um tema original de Lino Guerreiro, Frutos Maduros explora a plasticidade dos sons do acordeão, saxofone e voz, criando uma nova sonoridade que emerge da fusão tímbrica destes instrumentos.
O disco reúne interpretações que procuram a serenidade e a delicadeza das melodias originais, contrapostas pela improvisação e pelo tom efusivo presente em algumas das obras. Cada tema é reinterpretado em arranjos concebidos pelos próprios artistas, revelando uma abordagem que parte do jazz mas transcende o estilo musical, explorando novas possibilidades da reinterpretação. A gravação decorreu na Igreja de Santiago, cuja acústica natural contribuiu para captar o som de forma inteiramente acústica e autêntica, minimizando interferências tecnológicas e destacando a qualidade interpretativa dos músicos. Para este projeto, os artistas contaram com a colaboração de José Fortes, técnico de som de renome, responsável pela captação, edição e mistura do disco. Com 80 anos, José Fortes tem uma vasta experiência na gravação de música clássica e popular portuguesa, tendo colaborado com inúmeros artistas de prestígio ao longo da sua carreira.
A participação de Rita Maria, cuja voz se destaca pela fusão entre a improvisação do jazz, a nostalgia do fado e o experimentalismo, acrescenta uma dimensão única ao projeto. A artista traz a sua maturidade musical para este encontro, enriquecendo a sonoridade do disco e fortalecendo a sua autenticidade. Os compositores envolvidos no projeto acolheram com entusiasmo a proposta de Pedro Santos e João Pedro Silva, contribuindo com partituras e arranjos que ajudaram a dar forma a este trabalho. Daniel Bernardes descreve o disco como “uma felicidade tremenda” por ter contribuído com algumas linhas de música para este encontro, enquanto Mário Laginha destaca a qualidade e inspiração notáveis das interpretações dos seus temas, que considera reinventados com mestria.
Frutos Maduros é o primeiro projeto editorial de Pedro Santos e João Pedro Silva e celebra a cumplicidade de uma parceria consolidada ao longo de décadas. Este trabalho reafirma-se na sua edição e nas futuras apresentações ao vivo, propondo uma experiência musical que combina emoção, reflexão e uma genuína exploração artística.
Malva E Mimi Froes – Manto Azul (2024) (single)
Malva E Mimi Froes – Manto Azul (2024) (single)
MALVA JUNTA-SE A MIMI FROES NO NOVO SINGLE ‘MANTO AZUL’
A colaboração antecipa o segundo álbum da artista, com lançamento marcado para janeiro de 2025
‘Manto azul’ é o novo single de MALVA em colaboração com Mimi Froes, já disponível em todas as plataformas digitais. Descrita como “poesia musicada, profunda e, ao mesmo tempo, suave e quente”, a canção tem letra e música da autoria da dupla.
Carolina Viana, mais conhecida como MALVA, conta que “conversámos sobre muita coisa, numa busca por pontos em comum. Não foi difícil. Rapidamente percebemos que íamos falar sobre dor, daquela que corrói e nos coloca num lugar sombrio. Foi uma troca muito sincera. Um complementar das ideias uma da outra”.
Mimi Froes acrescenta que “a dor do fim é bem conhecida e, depois de conversarmos sobre ela, entendemos que a dor de ficar pode ser bastante mais prejudicial. Entra em declínio a nossa cabeça, o nosso corpo, a autoestima, a serenidade: tudo corrói. E a ideia que transmitimos no final – nesta canção altamente metafórica – está na frase “revesti de azul o manto ao colher o meu perdão” na certeza de que já não era hora de ficar”.
Carolina Viana deu-se a conhecer em redoma, dupla portuense de sonoridade rap e ritmo desconstruído e poético, que formou com a produtora Joana Rodrigues. Seguiu-se o lançamento do EP “parte”, reconhecido pelo público e pela crítica e integrando várias listas dos melhores álbuns do ano.
Em 2023, dá um passo a solo para fora da redoma, em busca de uma linguagem individual. Assume a personalidade artística de Malva e edita o primeiro single ‘extremidades’, que escreveu e produziu. A estreia em nome próprio retrata os limites do corpo e da alma e os excessos conscientes e inconscientes dessas limitações, com uma sonoridade crua e visceral, como a malva, nome dado às flores que aceleram a cicatrização das feridas.
Após ‘extremidades’ colabora com INÊS APENAS na faixa ‘Tensa’, escrita por ambas e produzida por Joana Rodrigues, com entrada direta na EQUAL Global, playlist editorial do Spotify, contabilizando mais de 40 mil streams nas plataformas digitais.
Malva lança, agora, o primeiro álbum, “vens ou ficas”, que inclui os singles ‘extremidades’, ‘como se início’ e ‘manhã’.
‘Manto azul’ apresenta-se com um visual realizado por Lucas Coelho, gravado na Adega de Arruda dos Vinhos. O tema surgiu de um processo natural e orgânico de partilha entre ambas as cantoras e compositoras, pouco depois de MALVA e Mimi Froes se terem conhecido.
“Esta canção tem-nos às duas e penso que isso se sente, se ouve. Nenhuma de nós a teria escrito sozinha. Portanto, é um bom ponto de partida para dar a conhecer este álbum que se avizinha, uma vez que o mesmo traduz a vontade de convivência e partilha”, diz MALVA. “Talvez por girar em torno de uma metáfora, chegámos a um lado sombrio. Acho que aquilo que mais gosto na gravação é que o desespero da canção é acompanhado pelo desespero da interpretação”, completa Mimi Froes.
O novo tema ‘manto azul’ antecipa o aguardado segundo álbum de MALVA, fruto do prémio “Melhor Projeto Musical Super Emergente” atribuído pelo Festival Emergente 2023. Com lançamento previsto para janeiro do próximo ano, MALVA promete no segundo disco “um olhar mais esperançoso sobre a vida”. O álbum sucede ao “vens ou ficas”, editado em 2023 pela artista de Viana do Castelo radicada no Porto.
MALVA, Mimi Froes – ‘Manto azul’
Música e letra: MALVA, Mimi Froes Voz: MALVA, Mimi Froes
Guitarra acústica: Beatriz Fonseca Gravação: Francisco Duque, Estúdio Camaleão
Mistura: Luís Neto, Agueiro Masterização: Carlos Nascimento Fotografia: Carolina Viana
Ladrão Do Sado – Viver De Lobo (2024) (single)
Ladrão Do Sado – Viver De Lobo (2024) (single)
O “Ladrão do Sado”, música tradicional associada aos trabalhadores rurais do Vale do Sado, dá nome ao novo projecto de Carl Mendes, músico natural de Alcácer do Sal.
“Viver de Lobo”, o tema escolhido para introduzir o projecto, versa sobre as aspirações defraudadas de um alentejano sem rumo.
A introspecção bucólico-boémia de um alentejano capturado pelos canaviais sadinos e suas mundanas preocupações. Colorida em tons tintos e temperada pelas marés e pôres do sol que se afundam nos arrozais, esta é a nova face que nos apresenta o autor alcacerense.
Uma boémia filosófico-solitária de quem afoga o silêncio num copo de três. “Viver de Lobo” antecipa o álbum que será apresentado no início de 2025.
Gatos Bomba – Não Perguntem Porquê (2024) (single)
Gatos Bomba – Não Perguntem Porquê (2024) (single)
Gatos Bomba lançam novo single “Não Perguntem Porquê”
A banda Gatos Bomba, composta por Tiago Inácio (acordeão), João Pedroso Antunes (voz e guitarra), Edgar Gama (baixo) e João Messias da Silva (bateria), acaba de lançar o vídeo oficial de “Não Perguntem Porquê”, segundo single do álbum “A Alegria de Estar Desaparecido”, editado no passado dia 27 de outubro. Oriundos do Barreiro, os Gatos Bomba continuam a explorar a fusão entre a música popular portuguesa e a energia crua do punk, reafirmando a sua identidade artística neste novo lançamento.
“Não Perguntem Porquê” é uma balada que reflete um exame de consciência profundo, marcado pela alienação e pela rejeição das exigências societais. Inspirada por canções como “La Guitarra” da banda argentina Los Auténticos Decadentes, a música apresenta uma trindade de desafios – “estudar, trabalhar, casar” – que são questionados através da perspetiva de uma geração em busca de sentido e liberdade, mas frequentemente imobilizada pela inércia e pelo desespero. A letra traça um retrato de um personagem preso na melancolia, explorando temas como o vazio existencial, as tendências esotéricas e os sonhos não realizados.
O nome Gatos Bomba possui uma história peculiar e é inspirado numa tática militar experimental dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, onde gatos armados com explosivos eram enviados ao mar com o intuito de atingir navios inimigos. Esta imagem de deslocamento e confusão em meio a uma guerra serve de metáfora para o projeto, que se dedica a expressar sentimentos de contestação e introspeção.
A escolha de “Não Perguntem Porquê” como segundo single reflete o desejo da banda de destacar uma canção mais acessível e convencional, em contraste com outras faixas mais intensas do disco. Musicalmente, combina elementos de tango, música popular portuguesa e ecos de bandas como The Smiths, criando um diálogo entre o clássico e o contemporâneo.
Os Gatos Bomba descrevem “Não Perguntem Porquê” como um documento musical de uma condição geracional, oferecendo espaço para uma catarse e um convite à reflexão sobre o rumo das nossas escolhas. O vídeo oficial, disponível desde hoje, amplia a narrativa da canção com uma linguagem visual que explora as questões existenciais e as emoções capturadas pela letra.
Memória De Peixe – 03:13 (2024) (single)
Memória De Peixe – 03:13 (2024) (single)
MEMÓRIA DE PEIXE
Em vésperas de iniciar a tour de pré-apresentação do
próximo álbum III, o power-trio revela o 2.o single
05.12 – Sala 6 – Barreiro
06.12 – Galeria Zé dos Bois – Lisboa 07.12 – GrETUA – Aveiro
12.12 – Maus Hábitos – Porto
13.12 – Salão Brazil – Coimbra
14.12 – Festival Impulso – Caldas da Rainha
O relógio marca 03:13.
É nesta hora misteriosa que realidades paralelas se cruzam,
desencadeando coincidências enigmáticas e eventos inexplicáveis.
Inspirados por este fascínio, os Memória de Peixe lançam hoje o 2.o single do seu próximo álbum III, com edição no início de 2025 pela Omnichord Records.
“03:13” – Uma Viagem às Horas Misteriosas
Se o 1.o single Good Morning nos leva a mergulhar numa paisagem pacífica e renovadora, o 2.o tema a ser retirado de III é uma celebração do inesperado e um convite a explorar as profundezas do desconhecido.
03:13 leva-nos para a inquietante sensação de ver uma hora recorrentemente, como se uma mensagem nos chegasse de uma realidade alternativa. É neste ambiente surrealista e ficcional que o tema se inspira.
Neste novo tema, José Soares junta-se a Miguel Nicolau (guitarras, electronics, vozes), Filipe Louro (baixo, electronics, vozes) e Pedro Melo Alves (bateria, electronics, vozes) com o seu saxofone electrizante e caótico. Um cruzamento com beats de jazz experimental e texturas psicadélicas, criando uma atmosfera vibrante e cinematográfica – como se David Lynch tivesse dirigido uma jam session.
03:13 já disponível nas plataformas digitais!
Sandra Martins – Névoa (2024) (single)
Sandra Martins – Névoa (2024) (single)
“Névoa” representa a fase mais escura e sombria de um luto.
É a viagem solitária ao interior da mente,onde habitam as vozes mais gritantes e inquietas.
“Névoa” é o 2°single da violoncelista, Sandra Martins.