10.06.2024
Dullmea – Noite Curva Dia [Morchella] (2024) (single)
Dullmea apresenta Ñe’ẽsẽ, um álbum com componente visual que parte da recolha de elementos da natureza para a criação de material sonoro e visual. Segundo a criadora artística Dullmea, “Ao longo do último ano tenho recolhido elementos da natureza e trazendo-os para o meu processo criativo. À medida que fui ficando mais fascinada com as minhas descobertas, quis convidar o meu querido amigo João Pedro Fonseca para criar vídeos para algumas das minhas composições. O álbum foi concluído quando o meu talentoso amigo Ricardo Pinto trouxe à tona toda a emoção e maravilha que eu procurava com as suas misturas. “Ñe’ẽsẽ” significa “voz” em guarani.”
O álbum terá uma edição física especial: um marcador de livros feito com papel biodegradável de sementes, contendo um código de acesso ao álbum digital. Uma vez feito o download, este marcador pode ser usado como qualquer marcador de livro, ou plantado, gerando as sementes nele contidas (margarida ou camomila).
Em Ñe’ẽsẽ podemos encontrar as seguintes personagens:
– Tema “Noite Curva Dia (Morchella)”: As linhas que compõem o chapéu de uma morchella (cogumelo) são vozes com caminhos individuais que se separam e encontram sucessivamente, deslizando e criando alvéolos.
– Tema “Dores de Crescimento (Árvore)”: Anéis de crescimento de uma árvore que ditam a proporção, altura e duração de “anéis” sonoros; a rugosidade de um tronco nos batimentos gerados pelo desvio gradual de afinação.
– Tema “Folhas Gerando Vento de Outono (Folha, Líquen)”: O padrão de desenvolvimento das nervuras de uma folha de plátano que se traduz na organização rítmica de uma melodia.
– Tema “Vinte Mil Léguas Submarinas (Ouriços)”: Ouriços espinhosos, perigosos, afiados são feedbacks organizados numa variada paleta. Um lamento com baixo ostinato, mas em vez de viola da gamba, feedbacks.
– Tema “A Estranha Esperança dos Pássaros”: O canto de pássaros: alguns que existem e outros que ficaram por inventar, em toda a sua polifonia, estridência, inocência e muitas vezes inconveniência.
– Tema “Folha de Mão Aberta “Ave Abanando Leque)”: A textura aveludada da Mentha Suaveolens é o cenário da antecâmara para um oásis de pássaros nunca antes escutados.
Dullmea (Sofia Fernandes) é uma artista e compositora que explora as inúmeras possibilidades da voz e da eletrónica desde 2016. O novo trabalho vai ser apresentado nos seguintes locais:
Apresentações (conversa com o público sobre conceito, processos de criação, acesso ao
material de recolha e outras curiosidades):
24 de Maio, 18h – Galeria MIRA | Artes Performativas
25 de Maio, 17h – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura
Biografia:
Dullmea é uma artista e compositora que explora as inúmeras possibilidades da voz e da eletrónica desde 2016.
Lançou Keter (2016), Hemisphaeria (2019) e [dʊl’mjə̯] (2020) um álbum em andamento, Orduak (2021), LOGLIBRO N-RO. 01, Ao Vivo no Sinsal Outono 2022 e Lloc Comú (2023).
Entre outros, Dullmea já se apresentou ao vivo em Nijmegen (NL), Eindhoven (NL), Lisboa (PT), Porto (PT), Barcelona (ES) – Festival LEM, São Paulo (BR) – MAC, Berlim (DE) Copenhaga ( DK), Milton Keynes (Reino Unido) – Exposição de Paula Rego “Obedience and Defiance”.
Dullmea também compõe música para teatro.
Créditos:
Mistura e masterização por Ricardo Pinto
Capa: Fotograma do vídeo “A Estranha Esperança dos Pássaros”
Vídeo por João Pedro Fonseca
Vídeo “A Estranha Esperança dos Pássaros” com edição adicional de Joaquim Fernandes, João Bico, Nuno Figueira
Apoios:
República Portuguesa – Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes
Arte Institute – Portuguese Contemporary Culture
Galeria MIRA
Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura
Antena 2
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