24.06.2022
Hugo Menezes é percussionista, produtor de espetáculos e eventos. Natural de Lisboa, colaborou com projetos musicais como Cool Hipnoise, Mercado Negro, Sara Tavares, Cais Sodré Funk Connection, Carlos Barretto, Bernardo Sassetti – In Loko, Tora Tora Big Band, Spaceboys, Carlos Martins, Músicas de Sol e Lua (com: Sérgio Godinho, Vitorino, Rão Kyao), Dazkarieh, Kimi Djabaté, Tumbala, Los Malditos, Suzie & The Boys, Milton Gulli. Colaborou com vários outros artistas de renome da cena nacional. Hoje vamos estar à conversa com Hugo, que além de músico, é diretor da agência Quinto Andar. Além de organizar workshops, atividades de team building, eventos, espetáculos musicais e de animação seja em Portugal que no estrangeiro, Hugo é diretor do projeto “Plastic Funk”.
Em resposta à situação de atual emergência devida à pandemia do COVID-19 e à necessidade de promover iniciativas que possam avaliar e atenuar o impacto no âmbito das artes performativas, investigar os efeitos da crise, com enfoque no sector da música, documentar as estratégias aplicadas pelos artistas nas suas atividades criativas e de performance, o Projeto Ágora convida Hugo Menezes para compreender os efeitos provocados pela crise sanitária, quer no nível individual que no âmbito do sector cultural em Portugal.
Francesco: Boa tarde Hugo Menezes!
Hugo Menezes: Alô Francesco! É um prazer!
Francesco: É um prazer! Bem-vindo aqui a estas sessões de perguntas e entrevistas para este Projeto Ágora. Queria começar por perguntar-te quem és e o que é que tu fazes, nome e profissão!
Hugo Menezes: Então, eu sou o Hugo Menezes, sou músico, percussionista e faço também agenciamento de espetáculos e produção de eventos.
Francesco: Maravilha! Queria saber, em relação à situação atual que estamos a viver no mundo das artes e da música em particular, de que maneira esta pandemia afetou a tua situação financeira, desde o início das restrições? E já agora… estamos a completar um ano, do princípio de tudo…
Hugo Menezes: …epá! As coisas de facto pararam, eu tive uma quebra portanto em 2019, isto… eu tenho uma pequena agencia que é o Quinto Andar, que faz a produção de eventos e de espetáculos, tivemos uma quebra de 97%, ok? Portanto, ficamos praticamente sem faturação durante o ano inteiro. Epá! Foi muito complicado, porque de repente começaram a cancelar uma coisa, depois outra, depois outra e já pronto! Tinha percebido que ia tudo completamente por água abaixo… epá! E felizmente, foi… consegui ter algumas poupanças para viver porque não… ao início não havia praticamente qualquer tipo de apoios, portanto não havia nenhum tipo de resposta à situação que… pronto! Que nós aconteceu e que ninguém estava à espera!
Francesco: E para fazer umas pequenas previsões, quais serão ou poderão ser os efeitos da pandemia na tua situação financeira de 2021? Iguais ou…
Hugo Menezes: …epá! É assim: eu quero ser um gajo romântico e positivo e achar que nós lentamente vamos começar a ter alguma retoma. Acho que um dos grandes efeitos, portanto a nível da cultura e dos artistas nomeadamente, é que isto vai levar algum tipo de limpeza, ou seja não vais ter tanta gente a trabalhar nas artes, há muitos artistas que… pronto! Já começaram a desistir e a arrumar outras áreas, portanto sinto isto: vamos ter menos gente a trabalhar, mas as coisas vão continuar!
Francesco: Eu queria saber se, dos apoios que existem, da assistência financeira do governo, se existem e se tu conseguiste receber algum apoio…
Hugo Menezes: …sim! Epá, eu consegui um pequeno apoio da Segurança Social, como sou sócio gerente, durante seis meses! Agora estamos aí a ver se eventualmente existe mais qualquer coisa. Epá! Mas é um apoio muito pequeno, tendo em conta que, epá… vou te dizer: são 438€, mas que eu depois tenho que pagar 220€, agora 230€ da minha mensalidade à Segurança Social. Portanto isto também não foi cessado! Ao fim e ao cabo eu acabo por devolver metade do dinheiro do apoio, que também durante seis meses… ou seja, que é um apoio um bocado invisível… é um bocado…
Francesco: …minúsculo em relação à perda? Portanto, não te consideras absolutamente satisfeito com os apoios do governo desde o início da pandemia, em relação às artes, ou no nosso caso na produção de espetáculos de música?
Hugo Menezes: Epá, não! Acho que é uma resposta muito fraquinha, de facto muito fraquinha e depois é muito complicada também a própria distribuição. Acho que se andou muito aos papéis… agora as coisas me parece que começam a ter alguma resposta, mas mesmo assim não é eficaz, não é suficiente e epá! Como sabemos há muita gente a passar… a passar mal!
Francesco: Queria saber se te ocorreu alguma vez de pensar em… ou se esta situação te obrigou a mudar de trabalho, para tentar estabilizar a tua situação financeira, ou se eventualmente estás a pensar de mudar de trabalho durante o 2021… se a situação continuar?
Hugo Menezes: Epá! Eu espero bem que não, como te disse, quero ser um romântico positivo e espero de facto que não! Mas não é nada que não me tenha passado pela cabeça a mim e a muitos de nós! Neste momento, epá! Espero mesmo, pronto! Conseguir não ter que mudar de atividade, nem que seja temporariamente, mas é uma coisa que é sempre… ainda hoje nós não sabemos de facto, quando é que vai ser esta retoma e quando é que vamos ter uma normalidade, mais ou menos, não é? A ter mesmo, pronto… trabalho e a nível financeiro… mas é sempre uma coisa que está em aberto, acho que para todos nós, não é?
Francesco: Exato! Também muitas vezes me acontece ou me aconteceu de pensar nisso, sobretudo nos primeiro momentos da primeira pandemia… do primeiro lockdown e é um pensamento que é constante, porque a situação continua a protrair-se! Eu queria saber, agora, em relação ao trabalho criativo de músico, se… e de que maneira esta pandemia afetou o teu trabalho criativo e de performance, desde o início das restrições, por exemplo, se acabaste por tocar muito menos, se tocaste, donde, quando e…?
Hugo Menezes: Claro! Epá! Comecei a tocar muito menos e depois, porque… na minha casa por exemplo, eu não posso praticar, tenho vizinhos, opa! A percussão? Aquilo faz barulho como o caraças, comecei a praticar muito menos por uma questão, epá! De não ter a possibilidade de onde praticar, estás a ver? Ou seja, fui praticando coisas mais silenciosas, isso sim! Sinto…
Francesco: …por tanto grandes limitações, exatamente… por em casa não poder…
Hugo Menezes: …epá!Sim! Em casa não podes! Não podes ir para lado nenhum…
Francesco: …Hugo é percussionista e portanto… é muito barulho para os vizinhos!
Hugo Menezes: É barulhento! Um vizinho barulhento!
Francesco: Em relação aos ensaios, houve muito pouco, ou seja reduziu-se drasticamente a atividade criativa… é isso?
Hugo Menezes: Houve pouquíssimos, aliás mesmo agora tipo, tu praticamente não te consegues encontrar para fazer ensaios, mas depois há outra questão, que é, epá! Eu vou ensaiar, ok tipo: uma música nova, depois outra música nova, mas depois aquela sensação de não ver a luz ao fundo do túnel, porque tu não sabes quando é que vais meter aquilo em prática! Confesso que muitas vezes acaba por ser desmotivante, que é uma coisa que nós temos que ultrapassar e vamos ultrapassar! Mas que é um sentimento que tu acabas por ter de… epá, porra! Que frustração, quando é que um gajo vai conseguir tocar esta treta para as pessoas, para ver as pessoas a dançar, sabes? Aquilo que sempre fizemos!
Francesco: Mas… de que maneira estas restrições poderão afetar o teu trabalho criativo ao longo de 2021, na prática: se isto continuar a ser igual… ou seja se as restrições continuarem, o trabalho criativo vai ser igualmente escasso, como no ano passado?
Hugo Menezes: Epá, sim! É assim: por um lado, tens esta parte que eu te estava a dizer, de não haver a luz ao fundo do túnel e tu te poderes desmotivar, ao mesmo tempo uma coisa que está a acontecer, aliás, o que nós estamos a fazer neste preciso momento, que é uma residência artística, está a haver cada vez mais a necessidade disto acontecer, ou seja das pessoas se deslocarem até mesmo fora do meio urbano, ir para outros espaços, estar em conjunto com os artistas com quem trabalham e estar a desenvolver ou estar a criar coisas, que eventualmente não teriam tempo para fazer se nós estivéssemos a bombar, portanto…
Francesco: …exato! Só para pontualizar, estamos neste momento numa residência artística nas Oficinas do Convento de Montemor-O-Novo e é para todos os músicos que estão aqui, um momento fantástico, digamos… de retoma das atividades de facto criativas, que era o que estávamos a comentar…
Hugo Menezes: …estamos com a Suzie & the Boys! Já agora…
Francesco: … e queria saber, por exemplo, só agora, digamos assim… em termos numéricos, em relação aos anos anteriores já que tu também és produtor… já falaste que a redução é do 80%, mas por exemplo: em 2019, no ano anterior da pandemia quanto concertos produziste, trabalho… ou quantos concertos tocaste, um número vago ou aproximativo… aproximativo, não vago!
Hugo Menezes: Epá! Entre concertos como músico e… epá, não sei! 80 talvez…
Francesco: …e em 2020?
Hugo Menezes: 2020? Epá! 2020… até Março, olha as coisas até estavam a correr bem, para ser inverno e primavera… não te sei dizer o número, mas sei que as últimas duas semanas da pandemia tive três espetáculos…. e estamos a falar de final de Abril, Março…
Francesco: …exato! E depois daquele dia em que começou tudo? Zero?
Hugo Menezes: Epá! olha: por acaso estava a tocar contigo, foi o dia 7 de Março, fizemos o nosso último espetáculo e entretanto, pá! Eu no meu caso tive mais um espetáculo até hoje! Ou seja…
Francesco: …não! Tivemos aquele da Praça da Alegria…
Hugo Menezes: …foi esse!
Francesco: Esse?
Hugo Menezes: E já lá vai um ano!
Francesco: Ótimo! Agora eu queria passar sobre… para um outro assunto e… para depois irmos para o fim da nossa entrevista e queria perceber do ponto de vista mais da performance: por exemplo, nestes concertos que fizeste depois de tudo ter começado… sobre as estratégias dos músicos, não é? Nesta situação particular, etc. Portanto, a pergunta que te queria fazer agora é: se tens alguma estratégia artística, pessoal, para lidar com esta falta de perspetivas, ou seja, uma estratégia a nível de produção por exemplo de espetáculo, se te surgiu nestes meses alguma ideia, ou uma estratégia para enfrentar o… que há de vir?
Hugo Menezes: Opa! Como sabemos, é assim: a resposta por parte… por grande parte da teia artística foi o streaming, que é uma coisa que eu pessoalmente não acho assim propriamente uma grande piada. Acho que é uma experiência, mas não deve ser… é uma experiência e uma ferramenta, mas não deve ser uma ferramenta… digamos que deva ter um peso muito grande, porque eu acho que… epá! As artes, neste caso, espetáculos e concertos: isto é para acontecer ao vivo! Percebes? E o streaming, ao fim e ao cabo, ou seja tu estás a oferecer ou a pedir doações pra fazer um live streaming pra “x” pessoas que estão a ver o teu espetáculo… epá! Raras são as vezes em que isto tem um feedback! Portanto a nível monetário que seja positivo e parece-me que de alguma forma pode desvalorizar o trabalho que estás a fazer, isto é… pronto… uma ideia minha! Portanto, eu não fui por aí, muito sinceramente não fui por aí! Estive lá em casa a fazer alguns projetos mais de… epá! De… para trabalhar com instituições, para fazer formação, portanto no meu caso fazer instituição… fazer implementação, desculpa, de orquestras de percussão locais, portanto em vários museus, em vários sítios que se possam depois juntar no futuro. Foi uma coisa que ainda não aconteceu, portanto ainda está em proposta, ou ainda está à espera de uma data em que possa acontecer, porque é sempre: epá! Sim! Vamos ver e tal e não sei o que… e depois uns dias antes da coisa….
Francesco: …vai ser adiado!
Hugo Menezes: Exatamente!
Francesco: Constantemente!
Hugo Menezes: Constantemente!
Francesco: E, por exemplo, naquele concerto que tu fizeste, exatamente comigo, depois da… do início das restrições impostas pelos sistema sanitário nacional, ou seja foi um momento em que tu sentiste… o que é que tu sentiste a tocar naquele contexto performativo, digamos assim, determinado pelas tais restrições, estávamos naquela altura na Praça da Alegria, com limites de circulação de pessoas, obrigação de mascaras, ou não…?
Hugo Menezes: Epá, sim! Na altura, obviamente é que foi com muita alegria, na Praça da Alegria… que voltamos a sair e que voltamos a subir para um palco e a tocar para as pessoas e ver pessoas a dançar, não ali naquele perímetro de segurança, em que as pessoas estavam com afastamento e máscaras e não sei o que… mas depois à volta havia pessoas que eventualmente não sei se estavam a uma distância, não sei… mas vias as pessoas a dançar… qual era a pergunta? Desculpa…
Francesco: …a pergunta era, como é que estas restrições afetam a tua própria performance? Obviamente é algo diferente…
Hugo Menezes: …epá! É muito diferente, lá está! Porque se tu estiveres a tocar para uma plateia, ou num festival ou não sei o que… e vês ali é uma grande mancha de gente, não é? De calor humano, porque nos espetáculos, tu quando estás a tocar, neste caso, tu dás e depois recebes, não é? E tem ali aquele movimento circular. Neste caso, portanto, quando tu fazes um concerto com restrições em que tens pessoas sentadas, a dois metros de distância uma de cada outra e eventualmente com o uso da máscara e depois, na questão de entrar no recinto, sair do recinto, que é toda uma cena que me parece um bocado militar, não é? Corta um bocado a onda e… tu estás a tocar e não tens este feedback, porque as pessoas, epá! Não se podem levantar, não podem dançar, não podem tipo estar a dançar com o gajo ao lado e isto de facto é bastante limitativo! No entanto, acho que de momento é o que há e devemos aproveitar e volto a dizer, epá! Que as coisas vão melhorar e que nós vamos voltar a fazer isto em massa e aos beijos e abraços a toda a gente!
Francesco: Perfeito! Grande Hugo! Eu queria também, quase para terminar, perguntar-te sobre essas novas modalidades de apresentação, por exemplo concerto em live streaming, visto que agora muitos festivais utilizaram digamos este formato e como hoje não sabemos bem como é que vai ser o mundo, quando voltará ao normal, é provável que este novo formato de apresentação, ou seja digamos… se torne um paradigma, ou seja… uma nova realidade. Só que me pergunto, como é que por exemplo… como é que serão no futuro estas novas práticas performativas e como é que o público, por exemplo, como é que os músicos sentem… se sentem em relação
a este tipo de performance e o público?
Hugo Menezes: Pois, precisamente! Ou seja, tantos os artistas como o público… opa! Vou começar por dar um caso imaginário: tu vais ver um concerto com público, não é? Tem alguma coisa que tenha a ver, tu veres este mesmo concerto em frente ao teu PC? Não tem absolutamente nada a ver, não é? Epá! Eu acredito que as coisas voltem a ser como eram e eventualmente o streaming, ao ser descoberto como ferramenta, poderá ser usado de forma paralela, mas não acredito que seja uma ferramenta que vai ser usada no futuro, com mais força e com mais peso do que isso… não! Acho que os espetáculos, são de facto para ser ao vivo e o streaming pode ser um apoio de facto, mas não mais!
Francesco: Ok perfeito! Para terminar, queria saber se esperas alguma coisa dos políticos ou da política em geral, se tens alguma sugestão para que melhore a situação dos músicos e dos artistas ou do sector cultural… ou seja… as tuas espectativas da decisões políticas?
Hugo Menezes: Sim! Epá! Eu acho que neste momento e até agora se está muito a esquecer do que são de facto os artistas e os técnicos, portanto… e os produtores, toda a gente que trabalha no mundo do espetáculo. Obviamente que temos de ver as estruturas, temos de ver as agências, as produtoras e os promotores dos festivais, obviamente que tudo isto temos de ver sempre, porque isso faz girar a economia e faz girar a economia do sector. No entanto, sinto que se está a esquecer completamente do que são as pessoas que fazem este trabalho, portanto desde a base… e são pessoas que em grande parte não estão a ser apoiada e acho que… essa é uma das coisas que deveriam fazer, precisamente para não acontecer ou para acontecer o menos possível aquilo que eu estava a dizer, que é tu de repente teres uma redução do pessoal muito grande…
Francesco: …exato, perfeito! E conheces algum movimento reivindicativo que valha a pena mencionar, por exemplo, que nesta altura tenha feito atividades, como por exemplo a União Audiovisual, ou algum outro movimento em Lisboa?
Hugo Menezes: Epá! Não de facto, não estou ligado, conheço bem a malta da União Audiovisual e acho que para mim são um grande exemplo da força que nós temos também, percebes? De… de repente, epá! Não temos ajuda… ficamos completamente com as mãos a abanar, mas mostrar que de facto é possível nós juntarmos e conseguirmos, epá! Dar uma mão uns aos outros, tirando a União Audiovisual, não estou dentro!
Francesco: Ok! Última coisa, eu queria se tu durante… a partir do momento em que houve restrições, participaste de alguma performance online, live streaming, ou alguma residências artística… por acaso esta é um exemplo!
Hugo Menezes: Pois! Não fiz nada em streaming e residência artística não! Para além desta, opa! Houve alguns encontros, portanto malta que está a querer gravar um disco, ou fazer a pré-produção de um disco, etecetera por aí fora, mas lá está: pelo menos, na minha experiência sempre foram coisas que acabaram por ser limitadas e muitas vezes não aconteceram, epá! Porque de repente, agora os casos voltaram a subir, porque não nos podemos juntar todos, porque de repente a filha do outro apanhou o bicho na escola, depois é o avô da outra, epá! Isto tem sido uma complicação muito grande, até mesmo para nos encontrar-mos, percebes?
Francesco: Ok! Então, mesmo para acabar eu queria saber se podes aconselhar-nos uma ou duas músicas onde tu tocas, para eventualmente nesta sessão de entrevista também… quem escutará poderá também ouvir-te a cantar, alguma gravação…
Hugo Menezes: …a cantar com os tambores?
Francesco: Sim! De bandas em que participaste, uma ou duas! Só para ouvir-te a tocar…
Hugo Menezes: …epá! Eu acho que os Cool Hipnoise vale sempre a pena ouvir!
Francesco: Fantástico, exato!
Hugo Menezes: Os Tora Tora Big Band também…
Francesco: …e diz lá! Manda lá duas ketas, duas musiquinhas para juntar aqui à entrevista!
Hugo Menezes: Epá! Dos Cool Hipnoise, eu gosto muito do “Sexy” , do álbum “Cool Hipnoise”!
Francesco: Foi um single?
Hugo Menezes: não foi single, não! Não foi single…
Francesco: ….e há vídeo?
Hugo Menezes: O “Sexy”? Epá! Agora apanhaste-me… acho que não há!
Francesco: Ok! Está bem! Mas encontraremos esta música “Sexy”… gostas pelo groove? pela…?
Hugo Menezes: Sim! Epá! Gosto muito pelo groove, pela memória de o ter gravado e pela subtileza, não sei! Acho que foi um bom take, gravamos praticamente todos ao mesmo tempo no Namouche e sabes quando acabas o take e ouves e dizes: wow! Está bué de colado e senti isto com este tema, ya!
Francesco: Ok, irei procurar! E Tora Tora Big Band? A mítica big band de Lisboa?
Hugo Menezes: Epá! Dos Tora Tora, assim um tema que eu goste especialmente… “Moka Man” …também foi um bom take, teve muita improvisação e muita coisa…
Francesco: …eeve a colaboração do grande…
Hugo Menezes: …do grande André Cabaço!
Francesco: André Cabaço!
Hugo Menezes: Exatamente!
Francesco: Ok Hugo! Agradeço-te imenso, obrigado pela ajuda e pelas informações!
Hugo Menezes: Eu é que te agradeço, epá! E olha: parabéns pela tua ideia e para este excelente projeto e espero que vá com a força toda!
Francesco: Obrigado!
Hugo Menezes: Grande Abraço!
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