14.06.2022
Juninho Ibituruna é baterista, percussionista, compositor e produtor musical. Nasceu em Minas Gerais, na cidade de Itabira. Colaborou com vários projetos entre Brasil e Portugal, tendo multiplicado a sua atividade musical de performance e de ensino em vários países de Europa. Atualmente colabora com a banda Xafu (formada também por André Xina e Francesco Valente), Coladera (com Vitor Santana e João Pires) e lidera o grupo Pandeiro in Jazz. Conta com várias colaborações no seu historial e com vários álbuns à solo disponíveis na sua página, na plataforma Bandcamp.
Em resposta à situação de atual emergência devida à pandemia do COVID-19 e à necessidade de promover iniciativas que possam avaliar e atenuar o impacto no âmbito das artes performativas, investigar os efeitos da crise, com enfoque no sector da música, documentar as estratégias aplicadas pelos artistas nas suas atividades criativas e de performance, o Projeto Ágora convida Juninho Ibituruna, para compreender os efeitos provocados pela crise sanitária, quer no nível individual, quer no âmbito do sector cultural em Portugal.
Juninho Ibituruna: Olá sou Juninho Ibituruna, brasileiro, vivo em Lisboa, há mais ou menos uns 11 anos que eu fico indo e vindo do Brasil ao Portugal e é uma satisfação estar aqui, não é? Nesta cidade cosmopolita que me abraçou! Eu tenho uma longa história aqui com este pequeno pedaço da Europa, aqui!
Francesco: Muito bem, obrigado Juninho por ter aceitado este convite a falar aqui nas conversas do Projeto Àgora!
Juninho Ibituruna: Satisfação!
Francesco: Àgora e aqui… combinamos num lugar lindo e significativo!
Juninho Ibituruna: Agora que o sol chegou, não é?
Francesco: Chegou o sol, estamos “desconfinados”, ainda não a 100%… estamos aqui na Nossa Senhora do Monte de Lisboa, podem ver no fundo as belezas… então! Olha para ali… Te convidei para falar um bocadinho sobre a experiência do último ano em curso, desde Março, é mais de um ano que estamos entre confinamentos, presos sem poder fazer concertos e tivemos… temos em conjunto uma experiência alucinante… que vais contar agora!
Juninho Ibituruna: Única!
Francesco: Que vais contar agora!
Juninho Ibituruna: Eu tive…
Francesco: espera… não! Conta!
Juninho Ibituruna: É! Porque esta experiência é realmente única assim! Eu tive a sorte, a alegria e também o desespero de ficar 95 dias com este grande amigo Francesco Valente e o André Xina em Nápoles, quando foi a primeira quarentena, não é? O primeiro lockdown e… bom! A primeira de cara foi assustador, mas depois a gente foi muito criativa ao mesmo tempo, porque a gente teve oportunidade de criar em casa, não é? Tinham também um vizinho que era um percussionista que ajudou ali no processo criativo e artístico para balancear até a vivência entre nós os três, então… bom! Inicialmente foi criativo, porque a gente tocou muito, criou muito e… tocamos até ficar exausto de tocar um com o outro, e pronto! A gente compôs ai um disco que a gente vai gravar, com o projeto Xafu e depois teve um tempo, que foi a parte ruim da história que quando… obviamente vai ficar tanto tempo com as mesmas pessoas, você acaba que vai ficando estafado da vivência e tudo mais, não é? Então teve este lado também, o lado vamos dizer assim “deprê” da coisa e que para mim foi… pude usufruir também disto também, desta parte down para usar de forma criativa e fazer um álbum que eu acabei fazendo lá nesta residência forçada!
Francesco: E o álbum se chama?
Juninho Ibituruna: O álbum se chama “Até” e foi uma colaboração, assim não é? De coisas que eu estava criando… quando acabou assim, vamos dizer assim a vivência musical e criativa entre nós três, eu passei a criar coisas sozinho com uma maquina que é uma MPC, uma drum machine e o computador e a gravação de ideias e onde eu tive a ideia de fazer uma criação em spoken words, não é? Aquela coisa da poesia com a música e passei a comunicar com as pessoas de fora, do Brasil e outros amigos, a partir de criação, de poemas e de tudo mais, e foi melhor para mim porque era melhor do que ficar conversando à toa na internet, ou conversando em grupos, não é? Então conversando com criação, ficou mais legal, assim… então o disco está lá, o disco se chama “Até” e tem 8 faixas, é um disco interessante!
Francesco: Maravilha! Tiveste também grandes colaborações!?
Juninho Ibituruna: Grandes colaborações, Ciccio Valente é uma deles!
Francesco: Gostava de saber, em termos financeiros o impacto foi devastante, imagino… vinhas do Brasil com muitas datas marcadas?
Juninho Ibituruna: Sim! Eu tinha uma sequência de workshop’s para fazer, workshop de pandeiro, era… foi um ano… era um ano que eu tinha separado para fazer coisas de pandeiro, interações de pandeiro, aula… e enfim! Tinha um tournée de workshop para fazer que ia rodar 5 países e pronto, ai… caiu tudo, não é? Ai já não rolou mais nada, sim foi um desastre assim… mas foi a oportunidade de enxergar outro mercado, que é um mercado que não é tão legal, porque? Nada substitui a presença, não é? Mas foi a coisa da internet e da aula online, então também consegui outros alunos e ampliar o leque de alunos, digamos assim, foi difícil e é difícil que ainda vivo essa realidade, mas foi… é a forma que está sendo de trabalhar e sobreviver nesta atual conjuntura!
Francesco: Em termos de concertos, pouquíssimos?
Juninho Ibituruna: Mínimo, mínimo! Quase zero, não é? Atualmente o que eu fiz de concerto, fiz um concerto online, um festival online, não é? E… zero… neste ano agora, neste segundo confinamento, zero!
Francesco: Nos anos anteriores tocavas quantos concertos por ano? Estimativamente?
Juninho Ibituruna: Bicho! Esse era muito… principalmente na Europa, foi o lugar onde sempre eu toquei muito, assim! Não sei, não… sei lá!? Teve anos, quando eu tinha um grupo que era o Thião Duã, que é com Luiz Gabriel Lopes e Gustavo Amaral, o Gustavito… a gente chegou a fazer 30 shows em 30 dias!
Francesco: Muitos concertos!
Juninho Ibituruna: É! Muitos concertos, mas só para ter uma ideia das possibilidades, não é? Mas eu não sei, em 2019 por exemplo só em Lisboa, eu trabalhei muito na rua, também, não é? Tocando na rua e tocando em clubes e festivais do interior, enfim… Portugal é uma cidade que movimenta muito no verão, não é? Turismo, a música e tudo isto está muito presente aqui na nossa realidade! Então agora com esta parada toda é um desfalque gigantesco no orçamento e na produção também, não é? Na produção artística, da criação!
Francesco: Conseguiste ainda lançar o trio de pandeiro e outros projetos!
Juninho Ibituruna: É! Isso… apesar da situação, na verdade foi a coisa de enxergar todo o mundo, toda uma gama do mercado estava… sofreu… não só os músicos, mas restaurantes e bares e etc. E quando abriu um período ali que é o outono, que ali havia o inverno… o outono, eu enxerguei que os restaurantes precisavam de música, porque precisavam atrair as pessoas, que logo se falava que ia fechar e tudo mais… e então a gente… te convidei para criar o “Pandeiro in Jazz”, não é? E foi muito legal, assim um trio versátil que era o Francesco, eu no pandeiro… Francesco [Valente] no baixo, eu no pandeiro e o Claudino Andrade nas teclas… e foi muito legal, foi um período legal, a gente fez uma residência em Novembro num restaurante e enfim, foi bom para criar novos projetos também, não é? Então é um embrião que está aí aberto, não é? E… mas são formas que a gente vai buscando para driblar esta situação, não é?
Francesco: Recebeste algum apoio entretanto, desde o início das restrições?
Juninho Ibituruna: Ah… o único apoio que eu recebi e eu agradeço imensamente é da União Audiovisual, que é uma cesta básica que chega, que… como eu moro sozinho, tenho esta sorte de morar sozinho, esta cesta básica me alimenta o mês todo, então eu agradeço imensamente! assim…
Francesco: e recebes isto todos os meses?
Juninho Ibituruna: Recebo todo o mês…
Francesco: fantástico!
Juninho Ibituruna: Fantástico! Vem comida, vem tudo…
Francesco: ótimo! Deixa me ver aqui… para seguir, visto que no caso dos apoios não há nada a dizer, queria saber então… já falamos um bocadinho, em termos criativos, assim… a tua interação com outros músicos, foi obviamente menos possível, mas foi também um ano em que eventualmente… evidentemente surgiram projetos e ideias novas… há duas dinâmicas: uma do confinamento e de parar, por exemplo no último confinamento, mesmo neste último… conseguiste compor, fazer coisas?
Juninho Ibituruna: Cara! No último confinamento, diferente do primeiro… eu preferi criar sozinho, eu preferi fazer uma criação sozinho assim, que foi criar um podcast e… que é o Podcasts Pandeiro LX e foi muito legal assim esta interação, porque eu pude explorar mais este universo do pandeiro, que era a minha ideia desde o começo de… do 2020, não é? Então, foi uma forma mais criativa e ao mesmo tempo solitária, mas eu estava com todo o mundo ali, não é? Conversando e criando os episódios e eu não criei álbum, dessa vez… mas esse podcast assim abriu um universo assim, para mim! Porque foi aonde eu pude estudar mais pandeiro, conhecer novas técnicas, não é? Novas pessoas de outros países, pandeiristas deficiente físico que tem uma técnica para se tocar, enfim… mil situações, assim, não é? Ya! Mil situações assim que salvaram essa nova configuração, esse novo confinamento!
Francesco: E isto do podcast é assim um novo universo em que te estás a revezar…?
Juninho Ibituruna: É! Na verdade eu sempre fiz uns… há dez anos atrás já tinha uma espécie de rádio assim, não é? Na internet e todo o evento que eu produzia lá no Brasil, eu fazia um podcast antes e depois do evento, para divulgar o antes e o depois sobre a resenha do evento, não é? Como foi o show, a espectativa, enfim… então eu já tinha esse mecanismo assim, sabe? E aí quando deu essa coisa do novo lockdown, foi… pô! Vou fazer um sobre o pandeiro! Há tantos pandeiristas, não é? Eu acho que, eu costumo falar que “choveu pandeiro na internet quando rolou o lockdown”! Cara! Apareceu muita gente tocando pandeiro e várias coisas interessantes, assim… então… foi legal, assim…
Francesco: …e não! Por ter vivido contigo aqueles 95 dias eu admirei o teu dinamismo e as tuas ideias, mas me surge uma pergunta: nunca te surgiu na cabeça a ideia de deixar a música e chau! Vou mudar de trabalho?
Juninho Ibituruna: Cara! Isso aconteceu há muitos anos, não agora! Agora, pelo contrário! Agora potencializou as ideias e a certeza de que é isso mesmo que eu quero fazer! Sabe? Porque é na dificuldade, assim nos momentos mais difíceis, não é? Que a gente assim: ou é isso ou não é, não é? Ou é agora, ou não é? Então eu percebi muito isso e conversando também com alguns amigos todo o mundo teve essa mesma, é assim… não! É isso mesmo, é agora! Aquela aula, aquele projeto que eu tinha de aula, ou o projeto de não sei o que é agora que eu vou fazer, não é? E todo o mundo teve tempo para isso, não é? Mas essa coisa de não pensar em não fazer música, isso aconteceu comigo com 15 anos de idade, na verdade foi um trauma de adolescência que… eu parei de tocar por 8 meses e fui ser… como se chama lá no Brasil, de office boy, não é? Como se fosse um estafeta aqui, mas de bicicleta, porque eu não precisava de pensar em nada, não é? Era muito confuso para mim, porque eu já tocava, já ganhava grana e eu já sabia tocar porque era uma coisa que meu pai me ensinou, que meu avô ensinou para o meu pai, então é uma coisa de família… os meus amigos da escola, da… enfim que eu tinha no bairro ficavam perguntando: e aí agora que está fazendo? E aí vou ser advogado! E vou ser não sei o que… eu não, eu já era! Não é?
Francesco: De família… marcado!
Juninho Ibituruna: É! De família! E chegou um momento que eu fiquei confuso, mas depois eu… depois ficou de boa!
Francesco: Gerações e gerações de bateristas?
Juninho Ibituruna: É!
Francesco: Fantástico! Não poderias nunca deixar nem numa situação dessas, poderia alguma vez assustar-te…
Juninho Ibituruna: jamais!
Francesco: Mas eu agora, pensando nas perspetivas futuras, bom… estamos ainda a sair do desconfinamento, não sabemos ainda se vamos ter um verão, algum concerto ou não, etc. Que tipo de estratégias, por exemplo… tudo o que falaste são estratégias, ou seja… trabalhar na internet… mas em relação à performance, aos concertos?
Juninho Ibituruna: Sim! Cara! É muito doido, assim, porque o conceito de concerto agora, eu estou enxergando completamente diferente! Eu acho… eu penso assim que, agora com a bagagem de dois confinamentos… eu penso que, quando a gente for tocar agora, isso não pode ser apenas uma amostra, sabe? A gente sentar ali num lugar, num palco ou num cantinho e apenas tocar por tocar… pelo facto que a gente gosta de aquilo, por um… entre aspas assim… um egoísmo artístico, eu não consigo enxergar assim isto mais… eu penso que o público está com tanta sede em ver música e a gente está com tanta sede em tocar para ele, que é preciso ter uma interação! Eu acho que a gente tem que recriar uma forma de fazer música e de fazer arte!
Francesco: Reinventar um pouco o formato de performance?
Juninho Ibituruna: Reinventar o formato da performance artística, com certeza, eu não sei como… na verdade! Mas eu sinto essa falta, sabe? assim como… eu penso… não sei… assim: quando eu ministro aula na rua, naturalmente tem uma interação e naturalmente tem um aspeto de espetáculo, por ser na rua! Como se fosse uma performance ali, não é? Então, teatral até, então não sei, assim… eu queria dialogar com outras artes para poder ter um entendimento melhor sobre isso!
Francesco: Ok ótimo! E em relação ao novo formato de concerto online… tudo o que vimo neste ano de grupos a fazerem concertos ou música no zoom, ou festivais agora que estão propondo como formato este do live streaming, o que é que tu achas… obviamente é algo diferente de um concerto live…
Juninho Ibituruna: É! Cara! Eu acho que só funciona… de cara é um desastre, não é? De cara é uma forma que não é… que não supre ninguém, assim… é raso, na verdade! É uma forma muito rasa, o que chega tanto para o músico, tanto para o púbico! Eu acho que funciona o gravado, que você tem uma condição melhor sonora, você pode fazer uma pós-produção, a imagem legal… então eu penso que a coisa do zoom agora é um minidoc, não é? Basicamente é um minidoc e aí a junção do audiovisual, então agora… o live mesmo é frio, não bate… é frio, é demasiado frio, ou você tem uma grande produção, que não é o caso da nossa gama da maioria das pessoas…
Francesco: …se te lembrares, já vimos alguns concertos live, quando estávamos juntos em Nápoles e reconhecemos os dois que não chegava a energia…
Juninho Ibituruna: é! Não chega a energia, não bate! Não é?
Francesco: E já tocaste em situações de restrições, ou seja… imagina um palco grande com público sentado uma cadeira sim uma cadeira não, ou como público ou como músico, já estiveste, ou não?
Juninho Ibituruna: Não! Eu não tive esta experiência não!
Francesco: Ok! Porque gostava de saber no caso positivo, o que é que achavas…
Juninho Ibituruna: não! Não tive ainda…
Francesco: …perfeito! Então, em relação a tudo o que vivemos agora, tu estavas a falar antes da União Audiovisual, podes falar-me um bocadinho mais e realçar a função e o papel que movimentos ou grupos de pessoas podem ter nestas situações, o que é que esta situação provocou?
Juninho Ibituruna: Cara! Eu acho que a coisa… o ser humano é um… é incrível ao mesmo tempo, não é? Ele consegue sobreviver no meio destas coisas todas, não é? E… o ser humano é um bicho incrível assim, porque quando não tem nada o ser humano tem uma parte da caridade, não é? Que é natural na verdade, então surgem projetos como a União Audiovisual, que nada mais a menos são as pessoas ali dessa área que foram afetadas brutalmente, não é? Os técnicos de luz, de palco e etc., e que criaram este coletivo e no Brasil também tiveram vários! Eu vi várias lives de alta produção de grandes artistas arrecadando grana para isso, eu acho incrível, não é? Porque é isso! Têm uns artistas famosos e têm uns artistas que não são tão reconhecidos, assim… mas que têm um reconhecimento de cada um ter o seu público, não é? E movimentam a economia! A verdade é essa! A arte em si, ela movimenta uma economia brutal, movimenta o turismo, movimenta a economia, gera emprego formal ou informal, então… é o mínimo que este sector seja recompensado com o básico!
Francesco: Exato! Então, em termos de espectativas do mundo político, da política assim… queres comentar ou é melhor…
Juninho Ibituruna: cara! Sim! Eu acho interessante um artista e um músico sempre pensar na política assim, mas principalmente na política cultural, não é? Aqui em Portugal é muito lento o processo de política cultural, é muito devagar assim… eu tinha, assim… eu como brasileiro eu tive a experiência de viver… a oportunidade de viver o Gilberto Gil no Ministério da Cultura, não é? E foi um divisor de água porque, antes do Gilberto Gil também, era ruim! Era bastante ruim lá… Gilberto Gil entrou no Ministério da Cultura, ele criou todo um mecanismo que pode ser modelo para vários países, porque? O que é que ele criou? O mecanismo que ele criou foi pegando, sampleando modelos de vários países e criou uma coisa incrível, não é? De fomento, de intercâmbio cultural com outros países, não é? Eu tive a oportunidade de viajar muito através desses apoios, não é? E de criar intercâmbios, não é? Eu te conheço por causa disso, não é? E criei relação com muita gente por causa disso! Então é fundamental projetos como esses, assim… modelos de projetos como esses! Então eu acho que falta em Portugal é só uma política cultural, assim… de verdade, não é? Se falar disso! Porque, assim, como eu disse antes, a cultura movimenta um mercado gigantesco aqui neste país, não só na cidade de Lisboa mas no país inteiro, não é? Os estrangeiros vêm aqui ver… o turismo aqui, ele não fica aqui andando por aí, ele está procurando algo e a arte de aqui é muito forte, a música aqui é muito forte, a questão luso fónica, o universo luso fónico, não é? Isso aqui é uma gama de… eu vim para aqui por isso! Sabe? É uma cidade cosmopolita e um intercâmbio artístico gigantesco! Não é todo o lugar que tem isso, sabe?
Francesco: Ótimo! Muito obrigado Juninho!
Juninho Ibituruna: É isso aí!
Francesco: És o maior, gostei muito do teu contributo! Gostava de perguntar-te para acabar se queres nós dar uma dica das tuas produções “covídicas”, desde Março até aqui, para conseguirmos ouvir-te ou quem está a ouvir… irá ouvir isto poderá ouvir a tua música , ou alguma coisa que tenhas feito a partir de Março…
Juninho Ibituruna: sim! É, eu acho que é só ficar de olho ai nas comunicações virtuais assim… que agora é desta forma que a gente programa para se encontrar, não é? Tanto virtualmente, quanto pessoal, não é? Quando é possível… então, na minha página do instagram é onde eu comunico tudo e deixo aí aberto para ouvirem ai o Podcast Pandeiro LX e para quem estiver afim, fazer aulas de pandeiro, a gente tem um grupo legal, onde eu mando vídeos, tem uma partitura, áudio e encontros virtuais e reais!
Francesco: Grande! E não tens uma ou duas músicas?
Juninho Ibituruna: Tem! Aí tem uma página no Bandcamp também, onde você pode encontrar toda a discografia Ibituruna!
Francesco: Mas do repertório mais recente, criado nesta situação?
Juninho Ibituruna: Na atual conjuntura, só o disco que vai sair em breve… que é um disco do João Pires, que é o que estou produzindo!
Francesco: E em Nápoles, fizeste o disco de poesias?
Juninho Ibituruna: Em Nápoles, tem o disco que é o “Até” aonde também você pode ouvir no Bandcamp!
Francesco: Tem uma música qualquer, ou alguma que queiras ressaltar?
Juninho Ibituruna: Cara! Tem a primeira música, que eu acho que é logo de cara, assim é “O vento” que é uma música que eu acho que fala muito a verdade do que todo o mundo está vivendo agora, assim… é um disco forte! Vamos dizer assim… para quem sofreu muito na pandemia, é um disco que eu confesso que é um disco forte! Mas tem também uma parte leve e tudo mais, eu recomendo duas faixas: a faixa “O vento” que é a primeira e a segunda faixa que é “Eu babo” que é onde você tem o contraponto ali, você tem uma parte pesada dark, e depois você tem um DUB super relax, assim mas que também fala desta questão que a gente está vivendo agora, de uma forma mais leve… que é bom, também!
Francesco: Muito obrigado Juninho!
Juninho Ibituruna: Valeu, satisfação!
Francesco: Obrigadíssimo!
Juninho Ibituruna: Valeu!
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