15.06.2022
Pedro Loch é originário de Florianópolis (Brasil). Guitarrista e compositor, formou-se em Educação Musical na Universidade Estadual de Santa Catarina em 2012. Estudou Jazz na Morehead State University (EUA) e concluiu o Mestrado em Música na ESML (Escola Superior de Música de Lisboa). Loch fundou grupos importantes como Kiabo Instrumental. Juntou-se posteriormente às compositoras Tatiana Cobbett e Marcoliva, criando o grupo Sonora Parceria e gravando o álbum Música Súbita (2012). Loch gravou vários trabalhos, tais como os álbuns Corte Costura (2013) e Sawabona Shikoba (2015) de Tatiana Cobbett e Marcoliva. Participou ainda nos álbuns de Iara Germer e Rodrigo Piva. Trabalhou também ao lado de nomes relevantes da música brasileira, tais como Alessandro “Bebê” Kramer, Gabriel Grossi, Ricardo Herz, Amoy Ribas e Carlinhos Antunes. Hoje reside em Lisboa onde colabora com vários projetos, como Martin Sued e Orquestra Assintomática, Cristina Clara e Aixa Figini.
Em resposta à situação de atual emergência devida à pandemia do COVID-19 e à necessidade de promover iniciativas que possam avaliar e atenuar o impacto no âmbito das artes performativas, investigar os efeitos da crise, com enfoque no sector da música, documentar as estratégias aplicadas pelos artistas nas suas atividades criativas e de performance, o Projeto Ágora convida Pedro Loch, para compreender os efeitos provocados pela crise sanitária, quer no nível individual, quer no âmbito do sector cultural em Portugal.
Francesco: Boa tarde, caríssimo Pedro Loch!
Pedro Loch: Boa tarde caríssimo Francesco!
Francesco: Obrigado por ter aceite este convite e disponibilidade, para estas conversas do Projeto Ágora!
Pedro Loch: Eu agradeço que é uma honra para mim, participar…
Francesco: …estamos aqui num lugar maravilhoso, parece Lisboa, parece Nápoles, parece…
Pedro Loch: …é um dos meus lugares favoritos aqui, com certeza… da cidade!
Francesco: Olha, podes te apresentar, só para…
Pedro Loch: …sim! Eu sou Pedro Loch, sou músico, sou guitarrista ou violonista, sou do Brasil, como alguns vão perceber pelo sotaque e enfim, toco e estou bastante apaixonado pela música tradicional destes países: o samba choro, o tango, fado e flamenco e é a isto um pouco que me dedico e à composição também!
Francesco: Estás aqui em Portugal há quanto tempo?
Pedro Loch: Estou aqui há 3 anos e meio, vim fazer mestrado em jazz e acabei ficando…
Francesco: …mestrado na Superior?
Pedro Loch: Na Superior de Música de Lisboa [ESML]!
Francesco: ah que maravilha, ok! Gostava de… visto que chegaste aqui há três anos e meio e acabaste de entrar um pouco no circuito e conhecer gente e de repente depois chegou…
Pedro Loch: …o Covid!
Francesco: O Covid! Março 2020… estamos em Abril 2021… passou um ano e um mês… gostava de saber como é que viveste isto e qual foi o impacto em termos financeiros?
Pedro Loch: Para mim foi… acho que cada um seguiu um caminho e essa é uma coisa muito pessoal. Eu lembro que foi… na verdade foi em Fevereiro já… foi quando o Covid chegou na Itália muito forte e eu comecei a me interessar um pouco pelo assunto, eu vi um campeonato a ser cancelado, um campeonato de ténis. Eu assisto a campeonato de ténis e vi que tinha um campeonato de ténis que foi cancelado por causa do Covid, na época… isto ainda era Fevereiro e eu achei que… quando vi aquilo, eu pensei que não ia ter concertos por um ano!
Francesco: Sentiste logo?
Pedro Loch: Senti na hora! Falei… acho que a música vai ser muito complicado… eu acabei indo trabalhar e me dedicar à programação, na verdade! Sei trabalhar muito com programação, esta é uma adesão muito pessoal porque é uma área em que tenho facilidade e uma certa obsessão também e para mim não foi difícil trocar neste momento… não é trocar de área, eu continuei tocando! Mas eu precisava achar algum meio de me sustentar, eu tinha alguma coisa para fazer e comecei a trabalhar mais com programação. Então tive que largar a música por exemplo, largar não… na verdade, largar a música como sustento, não como paixão e como atuação, continuo tocando por aí! É uma área que escolhi fazer… esta área, porque é uma área que me dá muita liberdade de tempo de qualquer coisa e é uma área que eu pessoalmente gosto também! Então para mim está sendo uma época de muita programação na verdade! E de música também, mas de música de uma forma muito diferente, não é? E enfim… um pouco menos concertos, é claro e algumas gravações.
Francesco: Por exemplo em termos de concertos, quantos concertos fizeste em 2020?
Pedro Loch: Em 2020? Ah não contei mas obviamente foram muito menos, algumas lives, mas também poucas… e… não sei devem ter sido uns 20 ou 30 concertos, acho que não chega a isso… não sei!
Francesco: Ah! 20 ou 30, quase todos aqui na área de Lisboa? Porque festivais não havia…
Pedro Loch: …acho que sim! Acho que só fiz concertos em Lisboa, eu não toco fora de Portugal já faz mais de um ano… com certeza!
Francesco: Mais de um ano que não tocas fora de Portugal… que costumavas tocar normalmente?
Pedro Loch: Não fora de Portugal, mas fora de Lisboa sim!
Francesco: Ah ok, pelo menos Portugal continental e ilhas etc.
Pedro Loch: É sim!
Francesco: Portanto, reduziu-se bastante o número digamos… de concertos! E tiveste algum apoio no entretanto do Estado?
Pedro Loch: Não! Mas eu não busquei também, admito… eu estava… eu acabei achando uma situação de… com o trabalho que acabei inventando lá, eu acabei achando uma situação de sustentação financeira, que me deu uma tranquilidade e sinceramente achei que eu era uma daquelas pessoas que não estava realmente precisando naquela hora e eu acho que… neste caso valia mais a pena que os apoios fossem para quem tivesse… para os que estavam precisando de qualquer forma! Agora o facto de eu ir para programação, já é uma coisa muito… que já amostra a extrema fragilidade que é a nossa área, não é?
Francesco: Claro!
Pedro Loch: Foi logo a primeira reflexão que eu fiz! De como a nossa área é frágil e como é que nem vidro, não é? Teve uma pandemia e acabou, assim… se não tivesse a programação, eu não sei como é que me ia sustentar, na verdade! Foi como… achei ele ai na hora!
Francesco: E como outra pessoa que entrevistei, encontraste o trabalho em Fevereiro, um mês antes… vocês foram visionários?
Pedro Loch: É assim… eu tinha por onde cair, eu tenho uma família que trabalha com isso, então eu tinha uma certa rede, eu tenho uma certa… tinha esta certa sorte de certa forma! Eu tinha onde trabalhar, tinha tudo… claro que isso não me fez não me dedicar, eu me dediquei bastante, mas é assim como é uma área que eu gosto muito… me lembrou muito a música no começo, assim: eu estudava 10 horas por dia e foi mais ou menos o mesmo e foi uma área tranquila para mim, eu não posso reclamar! Tive muita sorte porque eu acho que muitas vezes eu nunca me tinha visto fora da música, achei que nunca iria conseguir fazer nada fora da música e acabei achando uma área que é interessante. Mas é difícil, normalmente quando alguém troca de trabalho, a gente vai fazer alguma coisa que não quer, não é? Eu tive a sorte de fazer algo que também gosto e dá dinheiro… dá um bom dinheiro tranquilo, assim… é uma área que tem muito dinheiro, eu acho!
Francesco: E em relação ao trabalho criativo? Pronto, tinhas um teletrabalho imagino que… não sei quantas horas por dia, mas conseguiste depois dedicar-te à música e vivendo esta… digamos, neste arco temporal, tivemos longos períodos de confinamento… como é que viveste a questão mais criativa? Composição, produção?
Pedro Loch: Foi um pouco difícil, mas isto é uma coisa… que eu acho que já vinha um pouco, esta dificuldade criativa. Não sei, acho que isto é muito pessoal, acho que deve ter gente na pandemia que teve muito… teve um processo criativo muito bom e teve gente que teve um bloqueio, eu acho que tive mais pelo bloqueio criativo pelo menos, mas de tocar não! Tocar… toquei bastante, compus muito menos do que costumava compor, muito menos! Não acho que foi o trabalho, porque eu tenho tempo para fazer isto também… Foi um pouco a…
Francesco: …o estímulo?
Pedro Loch: É, o estimulo… um pouco o estimulo… não poder estar tocando para as pessoas, eu acho! Acho que o facto de ficar muito isolado e não tocar muito com os outros é muito “desestimulante” para mim e acabei por compor menos por causa disto, eu acho!
Francesco: Ok! Sim, exatamente… esta impossibilidade de encontros e de ensaios…
Pedro Loch: …isto faz falta! Isto na minha opinião faz muita falta no meu caso, não é? Foi o que mais me fez falta!
Francesco: Sim porque também como músico de instrumentos e portanto membros de grupos… a nossa linfa vital e produtiva é partilhar…
Pedro Loch: …eu tenho muita dificuldade em estar sozinho, claro que já fiz isto muito na minha vida e até faço às vezes, mas ultimamente é muito mais prazeroso ir a um lugar e tocar com gente do que… compartilhar música… do que em casa sozinho às vezes é mais difícil de ter algum estimulo.
Francesco: Em relação aos concertos que fizeste, o que é que sentiste ao nível de performance em frente de… digamos assim… em situações com restrições, de distanciamento social, máscaras…?
Pedro Loch: Para mim, isto não… também nunca pensei sobre isto… não me fez tanta diferença ter que tocar, para mim não, não é? Mas eu sou guitarrista, se fosse cantora, claro! Mas se bem que não, é… mas no palco a gente não costuma usar máscara, a gente consegue ficar longe e faz o concerto….
Francesco: …o o público? Quer dizer pode ser que tenhas tocado em Lisboa em situações em que ainda não havia grandes restrições… em palcos grandes… houve festivais com cadeiras, distanciamento…
Pedro Loch: …é! Não sei… isto é muito… mesmo nos concertos é mesmo para o público, não é? Mas não sei dizer, não senti algo assim muito… claro que prefiro sem máscara, sem nada, é óbvio, não é? Mas não foi, para mim não foi algo assim tão…
Francesco: …que te deixou?
Pedro Loch: Talvez para o público é mais chato, não é? Mas a mim não, pelo menos para mim a máscara não me chateou muito!
Francesco: E agora que muitos festivais estão se propondo com programações em live streaming e os próprios músicos a partir do primeiro período de confinamento fizeram muito live streaming, tu também acho que fizeste alguns…
Pedro Loch: …fiz alguns sim!
Francesco: Parece ser um formato de performance que vai se consolidar no futuro, o que é que achas em relação a isto?
Pedro Loch: Assim a minha… eu sou muito suspeito para falar porque eu não gosto de… eu tenho muitas dificuldades com redes sociais e… então eu não vejo live, eu não gosto muito de ver… eu sou um pouco um bicho do mato nessas horas! Então para mim é muito natural achar que a live não tem futuro nenhum porque eu não assisto live… eu gosto de ver concertos ao vivo, mas live não!
Francesco: Ou seja fizeste live, mas não costumas assistir?
Pedro Loch: Não assisto, não gosto… mas assim, sou eu! Não estou tirando o mundo por mim, então… para mim é muito difícil de… para mim, se todo o mundo fosse igual a mim, estaria fadado ao fracasso! com certeza! Agora, como há pessoas muito diferentes de mim e ainda bem… eu não sei, eu acho que pode ser uma possibilidade, mas vejo muita gente reclamar dizer que não gostam… acho que é muito difícil uma live substituir um concerto ao vivo, me parece… mesmo com um som incrível… primeiro pra fazer uma live com um som incrível dá para gastar um dinheiro enorme…
Francesco: …exatamente! Este é uma questão que…
Pedro Loch: ….é uma coisa super difícil de ter, não é? Como é que sustenta uma live ao vivo assim… uma grande, como é que pagas as contas de tudo? Paga os músicos, paga os técnicos de som, paga o estúdio, não sei… a não ser que eu esteja errado, mas eu acho difícil depois de acabarem as restrições das lives continuar assim com esta força, acho eu! Os concertos ao vivo… mas, nos concertos tem uma experiência, o som vem… não sei explicar, tem a questão social, tem a questão….
Francesco: …do encontro?
Pedro Loch: …da música ao vivo, não sei… é complicado! Há coisas na música ao vivo que são boas porque são vivas, eu acho… não sei, não sei explicar… mas esta é uma minha percepção, não quero dizer… eu também realmente não tenho conhecimentos para dizer se vai para frente ou não…
Francesco: …eu como músico, me lembro que no princípio vários colegas, eu estava confinado em Nápoles… estava lá para fazer um disco e depois fiquei lá bloqueado e vários me pediram de participar em lives streamings, não é? Feitas com telefone… e aí a qualidade perde-se, mas era uma altura em que todo o mundo estava fazendo assim, então…
Pedro Loch: …claro!
Francesco: … surge esta questão!
Pedro Loch: Mas a coisa de não ter qualidade é que o pessoal faz muito… sei lá, quando posta assim no instagram, ou uma coisa curta e tal… nunca precisa de muita qualidade e muitas vezes tem um engajamento grande, não é? Isto para concertos, ou está contando uma história às vezes, sei lá faz um concerto de uma hora e mete dez minutos, as músicas tem uma ordem, uma razão de ser, uma coisa complementa a outra… acho que é muito difícil contar uma história como se conta num concerto e numa live… isto num concerto, se pensar numa live, então impossível! Não sei… todas as propostas que eu penso de concerto assim, seja um concerto em teatro, se fizeres uma coisa… seja um concerto de baile sei lá ao ar livre, ou uma música para dançar, também não vejo a live substituir, não sei, não sei dizer… acho difícil!
Francesco: Esta pergunta liga-se a uma questão, ou seja… numa altura em que não sabemos ainda… os confinamentos se vão continuar ou não, se vai haver uma fase 3, uma fase 4, variante X ou Y… eu faço esta pergunta para que? Para perceber mais ou menos quais as estratégias que o músico pode ter para continuar a fazer o seu trabalho, se é o live streaming o formato possível ou
se poderá haver outros formatos, é só por isto que…
Pedro Loch: …olha, é uma boa pergunta!
Francesco: Estratégias, é… difícil como pergunta…
Pedro Loch: …é! Acho difícil, claro que há muitas coisas por fazer, provavelmente muita coisa que a gente ainda não imaginou… mas com certeza é difícil, claro que… eu me vi neste momento, eu não sabia muito para onde ir e acabei fazendo outra coisa!
Francesco: Claro!
Pedro Loch: Mas não sei, talvez a live seja uma opção, os apoios acho que são indispensáveis porque não se pode trabalhar… de certa forma, como sempre se trabalhou! Ou se tem um dinheiro guardado e se investe em gravações, talvez possa ser um bom momento para…
Francesco: …gravações de discos?
Pedro Loch: É! Pode ser um bom momento para produzir, para depois poder colher os frutos, não é? Se não… não sei muito o que se pode fazer, tem aulas online, que muita gente dá ainda… mas acho que trabalhar com música, bom sempre foi…
Francesco: …difícil! Agora ainda mais…
Pedro Loch: … dificílimo, enfim! É difícil mas é bom… é por isto é uma coisa… a paixão pela arte, faz as coisas difíceis serem coisas interessantes, não é? Mas, não sei muito como… eu acabei trocando de área porque eu nunca… não sabia o que fazer em um ano, se não tivesse concertos em um ano eu não saberia como viver e como pagar as contas!
Francesco: E… concluindo se esta precariedade do sector artístico em particular, aqui estamos a falar da música e dos músicos, quais espectativas terias por exemplo do mundo político e não digo só em Portugal como a nível, não sei… no Brasil ou… poderia ser visto este como um momento de mudança ou um reset… ou recomeçar com um novo…
Pedro Loch: …sim! Acho que sim! Claro que é muito fácil apontar o dedo, para mim é muito fácil de… está errado? Tal? Eu acho que a pandemia expos muito esta fragilidade toda, então… acho que alguma coisa tem de mudar… é claro que as propostas são sempre difíceis! Então vamos mudar o que, não é? Mas acho que está constatada a enorme fragilidade do sector cultural, no Brasil é também assim… acho que no Brasil é até mais… e aqui é muito… e não sei, é preciso talvez ter uma organização melhor entre os artistas, os músicos… entre os artistas, porque os artistas tem os mesmos problemas, não é?
Francesco: Uma união mais forte?
Pedro Loch: É! Isto é uma coisa que a gente sempre fala e pouco faz… porque há muitas organizações que acabaram sobrevivendo por isso, a área tem pelo menos uma organização que sustente… eu acho que talvez seria… é uma das poucas soluções que me vem na cabeça e que também possa ter força política, não é? Porque sem união é muito difícil ter força política e… porque no fundo todo o mundo quer o seu, não é? Os músicos, os artistas, os enfermeiros, os… todo o mundo quer a sua parte…
Francesco: …sim mas sem representatividade e sem união não se chega a lado nenhum…
Pedro Loch: …sim! Acabando ficar invisível e isto é muito complicado!
Francesco: Ótimo! Muito obrigado Pedro, por este contributo, te pergunto… te faço uma ultimíssima pergunta para acabar… eventualmente, se podes aconselhar-nos uma música ou duas para ligar a esta entrevista, para quem depois vai ouvir pode ouvir-te também a tocar guitarra…
Pedro Loch: …ah claro!
Francesco: Tu produziste a partir?
Pedro Loch: A pandemia foi um tempo de muita gravação, pelo menos! Não posso reclamar disso, não tiveram muitos concertos mas pelo menos gravei, trabalhei nisso… então vou… pode ser uma, como eu sou compositor, pode ser uma composição que eu gravei com Aixa Figini e Ciccio e Diogo Picão, se chama “Viento”…
Francesco: …estava lá!
Pedro Loch: E enfim, acho que esta música é bonita e foi gravada durante a pandemia e fala sobre a… olha, é interessante… eu acho que o poema do “Viento” fala muito sobre… como diz a Aixa, a nossa insignificância perante o tamanho da natureza… e eu acho que é um pouco isso!
Francesco: Fantástico!
Pedro Loch: E é um poema super bonito e imagético, então pode ser “Viento”!
Francesco: Que vai sair em breve, portanto…
Pedro Loch: …vai sair em breve, é um trabalho meu e da Aixa e está… vamos ver como está ficando… em breve sai e quem quiser ouvir, espero que gostem!
Francesco: E tens uma segunda?
Pedro Loch: uma segunda…
Francesco: …já que gravaste muita coisa…
Pedro Loch: …e agora? Ah pode ser também o trabalho com Martin [Sued] também… que fizemos e… não sei, pode ser “Filas” talvez, que é um trabalho… este trabalho foi de Martin Sued, grande bandoneonista que me chamou e tive a felicidade de ele me chamar na verdade e é um septeto incrível e gravamos recentemente, espero que dê muitos frutos! Um trabalho com músicos talentosíssimos e enfim… eu me sinto honrado de fazer parte, é sempre um prazer! E pode ser uma destas músicas que gravamos recentemente…
Francesco: “Filas”!
Pedro Loch: “Filas” é boa! É uma boa!
Francesco: ok! Muito obrigado, gracias Pedro Loch!
Obrigado!
Francesco: Mais uma vez! Com passarinho a cumprimentar, obrigadíssimo!
Pedro Loch: Obrigado, obrigado! Tudo de bom!
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