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30.11.2023

Prazeres Interrompidos #213: Balada de Amor ao Vento – Paulina Chiziane (1990)

Radio Olisipo · Prazeres Interrompidos #213: Balada de Amor ao Vento - Paulina Chiziane (1990)

Prazeres Interrompidos #213: Balada de Amor ao Vento – Paulina Chiziane (1990)

Autor:
Octávio Nuno

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Primeiro romance de Paulina Chiziane, este livro conta a história de amor de Sarnau e Mwando e traz a semente do que viria a ser o clássico Niketche.

“Com a poligamia, com a monogamia ou mesmo solitária, a vida da mulher é sempre dura.”

Balada de amor ao vento é uma obra pioneira. Não apenas por ser a estreia de Paulina Chiziane na prosa longa e o primeiro romance publicado por uma mulher em Moçambique, mas também por trazer a semente do que a autora viria a construir em Niketche.
“Tudo começa no dia mais bonito do mundo”, quando Sarnau vê Mwando pela primeira vez. Ela se apaixona de corpo e alma, ele a abandona. Ela luta para sobreviver à solidão, ele retorna ― antes de partir mais uma vez. Eles se envolvem em uma história de amor que tem a relva como cenário e o vento como melodia, mas uma herança conservadora entre os dois.
Em um relato poético e quase espiritual de Sarnau, acompanhamos os encontros e desencontros, as escolhas e as renúncias, o desamparo e o privilégio de uma sociedade onde certas tradições afetam diretamente a autonomia da mulher e sua sobrevivência.

“Em Balada de amor ao vento, Paulina Chiziane escreve o amor que é devorado por feitiços destruidores e disputado pela inveja e pela solidão que nascem da poligamia. O amor das mulheres que são submetidas aos homens e que não sabem delimitar sentimentos.” ― Jarid Arraes

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