DISCO VOADOR: Maze – “A Versão” #5

DISCO VOADOR: Maze – “A Versão” #5

A versão é um programa de autoria de André Neves Valente, também conhecido por Maze.
O original e a sua versão, sucedem-se ao longo de cada episódio, contando histórias que cruzam tempos e espaços diferentes, criando a partir da própria criação. Diggers vasculham as lojas em busca daquele pedaço nunca antes cortado, músicos reconstroem as suas músicas favoritas com a sua própria essência e de repente do velho nasce o novo.

Tracklist – A Versão #5

Barrington Levy – Under Mi Sensi
Aphrodite – All Over Me
Ronnie Foster – Mystic Brew
A Tribe Called Quest – Electric Relaxation
Steve Jeffries, Mary Carewe & Donald Greig – Evil at Play Aphex Twin – Xtal
The Glitterhouse – I Lost Me a Friend The Wiseguys – Ooh La La
Erik Satie – First Gymnopédie
Flying Lotus – Puppet Talk
Iron Butterfly – Real Fright
Blu & Exile – Below The Heavens
Jon Barry – Capsule in Space
Propellerheads feat. David Arnold – On Her Majesty’s Secret Service

DISCO VOADOR: Maze – “A Versão” #4

DISCO VOADOR: Maze – “A Versão” #3

DISCO VOADOR: Maze – “A Versão” #2

Maze: Multidimensional #1

Maze & Azar Azar – “Rubi”

Maze x Spock – “Que Horas São?”

Projeto Ágora: Entrevista com André Neves Valente | MAZE (17/07/2021)

Maze é um poeta, rapper, activista, agitador e divulgador cultural, artista visual e educador originário do Porto. É um nome referência na cena do hip hop português. Hoje continua a criar e a acompanhar a música mais fresca que se faz em território nacional e internacional. É o histórico MC dos Dealema e colabora com outros artistas da cena musical nacional, no âmbito do hip hop, soul, neo-soul e RnB, como Sam the Kid, Mundo Segundo, Beatbombers, Spock, Oder, Azar Azar, entre outros. É ativo em outros campos das artes, como no graffiti, na fotografia e na arte visual em geral, actualmente dedica-se a atividades pedagógicas realizadas em Portugal.

Em resposta à situação de atual emergência devida à pandemia do COVID-19 e à necessidade de promover iniciativas que possam avaliar e atenuar o impacto no âmbito das artes performativas, investigar os efeitos da crise, com enfoque no sector da música, documentar as estratégias aplicadas pelos artistas nas suas atividades criativas e de performance, o Projeto Ágora convida Maze, para compreender os efeitos provocados pela crise sanitária, quer no nível individual, quer no âmbito do sector cultural em Portugal.

Francesco: Boa tarde caro André, obrigado!

MAZE: Boa tarde!

Francesco: Por ter aceite este convite no ciclo de conversas do Projeto Ágora, estou muito contente de poder te entrevistar e falar um bocadinho, podes te apresentar!

MAZE: Obrigado eu pelo convite Francesco, é um prazer poder participar deste projeto que já me descreveste e que me parece ser muito interessante. Sou André, artisticamente as pessoas conhecem-me por Maze, sou artista multidimensional: artes visuais, música, poesia, escrita, vou me desdobrando artisticamente e é isso que eu faço desde sempre: criar!

Francesco: Perfeito! E… retomando um discurso já enfrentados com outros interlocutores, eu começo normalmente por perguntar como é que foi desde o princípio de Março 2020, toda esta vivência dos lockdowns e confinamentos, como é que se repercutiu na tua vida assim profissional, começando pelo lado mais financeiro, não é? Da sobrevivência e subsistência…

MAZE: …foi muito… foi muito duro, como foi para toda uma classe ligada à cultura, para muitas outras áreas mas assim pelo meu… pelas pessoas que gravitam à minha volta e que estão relacionadas com a cultura e com a música, com teatro também, com algumas da dança que eu conheço, foi grave… foi pesado, eu lembro-me que em Março, um dia antes de termos fechado, eu ia dar um concerto com a banda da qual faço parte, com os Dealema, ia tocar à Galiza e fiz a viagem de comboio para o Porto a confiar que ia tocar, eles iam-me apanhar no Porto e seguíamos de carrinha para a Galiza. Eu cheguei à estação e eles nem sequer vieram ter comigo, ligaram-me a dizer, olha: apanha já outro comboio e vai embora porque isto foi cancelado e vamos entrar em lockdown, quer Espanha, quer Portugal! E eu regressei para Lisboa, ainda sem perceber muito bem o que é que estava a acontecer, mas a pensar: ok! Então isto que eu faço e que me é tão natural, vai deixar de acontecer, como é que eu vou pagar a renda? Eu precisava deste concerto! Eu precisava deste dinheiro…

Francesco: …no especifico daquele concerto…

MAZE: …daquele concerto… então vinha a pensar nisso e obviamente que os primeiros meses foram meses de algum aperto, porque… já há algum tempo que eu vou baseando a minha sobrevivência e subsistência na minha criatividade e parte deste dinheiro vem de concertos ao vivo e se eles não existem não consigo pagar as minhas necessidades básicas. Então nestes primeiros meses de Março, Abril, Maio… foram meses de muito aperto… eu vivo com a minha filha, então não é só a minha sobrevivência é a dela também, então tive que arranjar aí formas de subsistir e durante o processo todo e o tempo todo deste ano e meio quase… ou já passou um ano e meio, talvez… foram altos e baixos, momentos em que realmente, sem trabalhar tive apoios, depois deixei de… depois não tinha tanto dinheiro, depois voltava a ter, depois não tinha, depois chegou ali um momento em que eu… resolvi ir para outros lados, não é? Procurar alternativas porque não ia ganhar dinheiro de espetáculos, de concertos e de apresentações ao vivo das quais baseio a minha principal fonte económica, então comecei a dedicar-me mais às artes visuais e à pintura e a coisas que estavam a acontecer, convites que surgiram para pintar campos… campos de basket e fazer intervenções, ajudar em intervenções artísticas, porque tive que procurar alternativas na subsistência!

Francesco: E hoje em dia ainda trabalhas nestas outras áreas?

MAZE: Sim! Eu vou fazendo, habituei-me a ser este freelancer, então nunca me comprometo com nada, já há muitos anos que não me comprometo com um trabalho das 9 às 17h, para sobreviver! Prefiro ter esta vida mais solta em que se calhar mais incerta e não sei bem o amanhã, mas sou mais feliz a gerir o meu tempo e a gerir a minha vida… mas continuo a fazer… agora que está tudo a retomar, eu começo a voltar à música e a muitos projetos que fui fazendo durante este tempo, tentar dar-lhes vida ao vivo outra vez de aqui para a frente, mas continuo a procurar estas alternativas e a agarrar muitas coisas que não são diretamente relacionadas com a música para conseguir ter dinheiro!

Francesco: Mas já fazias isto antes da pandemia, ou agora com a pandemia… foi mais…

MAZE: …já! Mais acentuado! Já fazia e sempre sempre fiz coisas muito diversas no meio artístico, mas que me iam aparecendo, não de uma forma muito forçada a basear toda a minha subsistência económica nestas áreas, porque tinha sempre concertos… a verdade é essa! Sou um privilegiado porque durante muitos anos tinha concertos de Dealema que é uma banda de culto, que mesmo sem editar discos, tínhamos sempre concertos regulares, tínhamos sempre coisas a acontecer mesmo sem termos discos há não sei quantos anos, havia sempre… as pessoas tinham sempre vontade de nós ouvir… então isto é um privilegio…

Francesco: …e eles estão retomando também, não é? A banda…

MAZE: …sim! Também… nós somos 5, temos vidas muito diferentes… eu vivo em Lisboa, eles vivem no Porto, então às vezes é difícil termos uma retoma de ensaios e de rotinas e de fazer músicas, mas eu acho que agora cada um de nós está a repensar outra vez em regressar à música e quando estivermos na mesma sintonia, vamos certamente como banda também fazer este regresso!

Francesco: Ótimo! E neste período em que eventualmente ficaste mais em lockdown como toda a gente ficou… a tua própria criatividade pessoal, tiveste uma força sobrenatural de convulsões criativas ou também tiveste pausas e momentos de reflexão ou de… simplesmente de tudo parado?

MAZE: Sim! Acho que disseste tudo… falaste em reflexão e em momentos criativos, eu acho que foi um oscilar destes momentos. Inicialmente em Março, de Março a Abril eu estava em casa e um amigo meu que também é músico, o Mike Coast, estava a falar com ele e disse olha: tenho umas ideias, quero fazer registos e ele enviou-me por correio um condensador, um microfone condensador e eu estava a fazer bases instrumentais, então tive assim um ou dois meses a gravar músicas, sempre a fazer músicas e a gravar músicas! Fiz ai um disco de 20 músicas no início da quarentena, que ainda não saiu este disco mas que eventualmente vai sair. Mas depois de ter feito e de ter criado isto tudo, eu acho que por não poder apresentar e por não poder tocar ao vivo… nada, não é? Estava tufo fechado… acho que tive também aí uma quebra na criatividade, foi… ok! Já tirei isto tudo de mim… agora não me apetece fazer mais! Vou entrar aqui noutro registo e acho que entrei mais neste registo da reflexão e de absorver mais coisas e ver filmes e ler livros, porque como parte da minha criatividade é a escrita, eu preciso de armazenar e de absorver para depois ter material para escrever e para criar! Então acabei de criar e entrei nestas fases de… ok! Agora deixa-me absorver, deixa-me absorver… deixa-me refletir…

Francesco: …mastigar e digerir!

MAZE: Digerir, perceber o que é que estamos a viver a nível mundial e o que é que está a acontecer… situar-me mais… e tive um período assim… depois retomei a criatividade, então são estes picos… não é?

Francesco: Exato! E por exemplo, em toda esta trajetória entre lockdowns e períodos de reabertura e outra vez lockdowns… tiveste eventualmente a possibilidade de voltar a tocar nu mundo mudado, exatamente… ou seja, por exemplo, na questão da performance ao vivo com um púbico já isolado… afastado com máscara o que é que sentiste nestas situações?

MAZE: É muito estranho porque… tu sabes bem, és músicos e quem está em palco alimenta-se de uma energia que sai, sai e vai para o público e regressa e quando regressa do público ainda te alimenta mais e é ali um ciclo, não é? Energético que tu crias… e sempre estivemos habituados a ter um público que reagia, que dançava, que berrava, que cantava, que… então a energia tem outra escala quando é assim! E de repente quando tem pessoas sentadas, com uma máscara e não estás a ver expressões, parece que há um bloqueio… há uma parede invisível que impede que esta energia saia de ti e entre no outro e regresse a ti, para criar este ciclo! Então é muito estranho, é muito muito estranho este regresso e espero que estas circunstâncias mudem rápido

porque há saudades desta energia de concerto!

Francesco: De libertação?

MAZE: De libertação, de palco, de catarse quase!

Francesco: E houve também uma altura no meio dos dois lockdowns e durante o primeiro, em que muitas pessoas começaram a fazer lives streamings e parecia ser o novo formato de música que podia trazer a música em casa das pessoas, apesar da distância…

MAZE: …sim!

Francesco: Muitos interlocutores, eu perguntei o que é que eles achavam em relação a este novo formato de performance, não sei se queres comentar… se fizeste algum live streaming destes…

MAZE: …quero comentar, quero! Eu por acaso quero… e tenho algo a dizer sobre isto, da minha perspetiva: para mim não funciona, no meu caso! No meu caso, não vejo que seja… não me traz, não me acrescenta, sabes? Não… acho que é valido para quem quiser… é uma forma de manter isso vivo e de manter a arte viva e de continuar a fazer… a criar conteúdos e a chegar às pessoas que cada vez mais estão atentas ao digital, mas para mim não funciona… eu prefiro o contacto, prefiro o contacto! Sentir, estar… a presença física é mesmo importante! Então não me satisfaz, nunca me satisfez… ainda por cima neste período eu comecei a ver que toda a gente fazia isto… então houve ali uma sobrelotação de oferta! Toda a gente estava a criar conteúdos e a oferecer conteúdos… e a maior parte deles eram forçados… era quase uma tentativa de… era quase uma auto imposição: se eu não fizer, eu não vou criar… eu vou desaparecer!

Francesco: Sim! Porque os outros estão fazendo, eu não faço? Eu desapareço…

MAZE: …ya é isto! Eu vou acabar por desaparecer porque não estou a aparecer na grande montra… na grande montra digital! Então esta confusão e este turbilhão todo afastou-me disto…

Francesco: …logo automaticamente?

MAZE: Automaticamente, tive mesmo sem redes sociais durante este período…

Francesco: …a sério?

MAZE: Ya!

Francesco: Durante o lockdown tu saíste da…

MAZE: …então a partir aí de Abril o meu telemóvel avariou e eu decidi… isto é um empurrão! Isto é mesmo… estava a me afetar disto, esta necessidade das pessoas aparecerem e se mostrarem… uma competição quase, uma competição artística: nós não podemos tocar ao vivo, mas estamos todos a fazer live… live streaming… estamos todos a fazer entrevistas ao vivo, estamos todos a fazer conteúdos e a gerar conteúdos! Isso incomodou-me um bocado e também serviu de empurrão para dizer: não! Eu vou me afastar disto, eu quero respirar, quero viver, quero experimentar outras coisas que não passem pela validação ou a aprovação do outro! Mesmo correndo o risco de desaparecer! Acreditar que a obra fala mais alto, quando crias alguma coisa fala muito mais… a obra fala muito mais alto que o artista, então independentemente se tu apareces ou não, se és convidado ou não, se as pessoas se lembram de ti, se o que tu crias consegue chegar ao outro, é o que interessa… é o que importa!

Francesco: Super interessante esta perspetiva!

MAZE: Fixe!

Francesco: Perfeito! Em termos depois de apoios…. tiveste alguns apoios, conseguiste te safar também através de apoios do governo ou…?

MAZE: Consegui! Consegui ter apoios da Segurança Social, candidatei-me aos apoios da Segurança Social e consegui porque tive uma quebra de faturação total e então não tinha forma de gerar dinheiro, não estava a tocar, não estava a… na minha atividade como músico, não estava a passar recibos, então tive direito a estes apoios e ainda bem que tive porque consegui sobreviver muito tempo com este apoio, isto a nível estatal! A nível de cooperativa, não é? Da GDA e da gestão os direitos dos artistas, também tive direito a apoios… lembro-me inicialmente tive direito a um cartão alimentar de compras em que podia fazer algumas compras, tive direito a três cartões… era preenchido com o valor, com o mesmo valor por três vezes… e depois mais tarde candidatei-me a um novo apoio da GDA e também consegui já mais perto do fim deste período todo e ainda recebi mais um valor numa distribuição que eles fizeram… então foram esses! Candidatei-me a mais coisas, candidatei-me… lembro de me ter candidatado a um da Gulbenkian, que não tive direito a esse e a mais algum que agora não me ocorre, que também não recebi… provavelmente porque estava a cruzar já mais apoios e já tinha o apoio da Segurança Social, porque este é o base!

Francesco: Ah ok! Não… eu pergunto isso normalmente para saber se os músicos e os artistas no geral se sentem satisfeitos com estes apoios e isto tendo em conta a precariedade enorme que nos envolve como classe trabalhadora, não é?

MAZE: claro!

Francesco: O que veio à tona nestas alturas, então… o que quero saber no fundo é se te consideras satisfeito ou se poderia ser muito melhor, digamos…

MAZE: …poderia ser, pronto! Não quero parecer ingrato, não é? Porque estou a receber algum dinheiro, estou a receber dinheiro que fui descontando ao longo dos anos para a Segurança Social, também então é um direito! Mas, pode ser sempre muito maior se tu for comparar com outros países europeus, com os apoios aos artistas que são completamente diferentes e em Portugal a cultura é sempre relegada assim para um segundo plano, isto é porque não é importante, não… estão aí, estão aí a… criam! Têm uns hobbies… sabes? A mentalidade portuguesa ainda vê o artista muito como uma coisa de hobbies, não é um trabalho sério! Não é trabalho sério… é um extra! Não é necessário… precisamos de engenheiros, de médicos… e depois há os artistas! E a arte está à frente disto tudo, porque a arte é essencial para a sobrevivência enquanto espécie da humanidade, enquanto…. deveria ser valorizada desta forma e então os apoios podiam obviamente ser muito melhores, porque eram apoios básicos que davam para alimentação, não é? Nem sequer para pagar uma renda, não são apoios suficientes para tu pagares uma renda, pagares as contas e te alimentares e uma filha, não é? É uma ajuda, é uma ajudinha… então pronto! É à nossa escala, em Portugal as coisas funcionam muito assim, no desenrasque desta forma… dão só para dizer que não estão a dar nada e se fosse… há países que não, tratam mesmo o artista de outra forma e com a dignidade que merece!

Francesco: Ok perfeito, muito obrigado André, queria concluir esta nossa conversa perguntando-te se entre as criações que aconteceram durante o período de lockdown ou durante este período todo, tens alguma coisa a sair, alguma música que queiras aconselhar para linkar a esta entrevista…

MAZE: …boa! Tenho! Tenho uma que ainda não saiu… quando estamos agora a gravar esta entrevista, mas que deve sair de aqui a um mês no máximo, nas próximas semanas… chama-se “Que horas são” e é uma música num registo um bocadinho diferente do meu, não é bem rap, é spoken word, é de um produtor chamado Spock

Francesco: …chamado como?

MAZE: Spock!

Francesco: É de aqui?

MAZE: Sim! É de Amadora e tenho um flautista Francesco Valente…

Francesco: …ah pois é!

MAZE: E deve sair brevemente, entretanto também lancei um projeto, mesmo recentemente com um teclista Azar Azar, compositor e teclista e produtor… de um projeto que é Maze e Azar Azar, o Vol. I chama-se “Sub-Urbe” o Volume I e o primeiro single que lançamos com videoclip chama-se… a música chama-se “Rubi” e foi lançada mesmo há pouco tempo, é um projeto assim… é uma narrativa, é um conto urbano… um conto urbano em rap!

Francesco: Ok! Perfeito, depois encontrarei na altura em que sairá a entrevista…

MAZE: …sim! Facilmente!

Francesco: Facilmente, para linkar! Muito obrigado, foi enriquecedor e muito interessante ter esta conversa contigo! Grazie!

MAZE: Obrigado pelo convite!

Francesco: Abraço!

Disco Voador: Maze | A Versão #1

MAZE

Maze é um cantor, escritor, poeta e rapper originário do Porto. É um nome referência na cena do hip hop português. Hoje continua a criar e a acompanhar a música mais fresca que se faz em território nacional e internacional. É o histórico MC dos Dealema e colabora com outros artistas da cena musical nacional, no âmbito do hip hop, soul, neo-soul e RnB, como MacaiaMundo SegundoDaddy-o-PopBeatbombersSpockRafxlpAzar Azar, entre outros. É ativo em outros campos das artes, como na arte visual dos graffiti’s, além de ser ativo em uma série de atividades pedagógicas realizadas em Portugal.

A rádio convidou alguns DJs e músicos para criar podcasts sobre pesquisas musicais, no âmbito do programa “Disco Voador”. Desta forma iremos viajar entre diversas sonoridades do mundo.