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03.05.2024

Papisa – Vai Passar (2024) (single)

Papisa – Vai Passar (2024) (single) Id

Brasileira PAPISA edita seu segundo disco, Amor Delírio, com um grito de afeto

Álbum tem produção musical de Felipe Puperi (Tagua Tagua), participação de Luiza Lian em faixa homónima e é um lançamento do selo espanhol Costa Futuro.

Após revelar os singles Melhor Assim, Dores no Varal e Amor Delírio – tema que dá nome ao álbum e tem a participação de Luiza Lian –,  a compositora e multi instrumentista brasileira PAPISA apresenta o disco, Amor Delírio, sucessor de Fenda (2019) e do EP Papisa (2016), com produção assinada por Felipe Puperi (Tagua Tagua). Amor Delírio é um lançamento do selo espanhol Costa Futuro, que tem em seu casting nomes como Queralt Lahoz (Espanha), Lucia Tacchetti (Argentina) ou El Culto Casero (Paraguai), entre outros. Oiça aqui.

Falar sobre o amor é a abertura de um novo caminho temático para Rita Oliva, a PAPISA, que nos trabalhos anteriores abordou elementos místicos e relativos ao inconsciente, como a morte e a ciclicidade do tempo. Conhecida por realizar shows ritualísticos e sensoriais – Rita é também astróloga e chegou a desenvolver um oráculo complementar ao disco Fenda  –, e pela sonoridade dream-indie-pop que a consagrou como “uma espécie de Cat Power psicodélica” (Lúcio Ribeiro, Popload), a artista agora investiga o poderoso sentimento que move as marés humanas.

É nesta abordagem sentimental que Amor Delírio se sustenta, a passar pela sedução, pelo desejo, pelas ilusões e pelas desilusões amorosas. É também retratada a vontade e a inevitabilidade do reencontro, além da fluidez das relações e das possibilidades. Por fim, o desejo a se manifestar de várias maneiras. 

“Em 2020 passei a me questionar sobre o amor romântico, e comecei a observar as minhas relações e de outras pessoas sob essa ótica. Estava tentando entender a influência da convenção social na forma como nos relacionamos, mas também investigando como o desejo e a sedução são forças motrizes importantes nas nossas conexões, sejam elas românticas ou não.

Essa forma mais objetiva de pensar no amor inevitavelmente trouxe à tona questões subjetivas das experiências que vivi ao longo dos anos, ou que presenciei pessoas próximas vivendo. Então fui me dando conta de que o disco tinha uma narrativa, retratando fases distintas que alguém pode viver dentro das relações, incluindo a excitação dos começos, a angústia da falta, o processo de ilusão e desilusão quando colocamos expectativas em uma situação e também as formas como nos ligamos e nos desligamos de algo ou alguém”, comenta a artista.

O álbum foi produzido em uma imersão de duas semanas em uma casa em São Francisco Xavier, cidade no distrito de São Paulo, e contou ainda com gravações de Alejandra Luciani, Felipe Puperi, Fabio, Fabio Pinczowski e Pepeu JC no Estúdio 12 Dólares e Sid Souza no Artsyclub Studios. A mixagem é de Tiago Abrahão e a masterização é de Brian Lucey (que já trabalhou com nomes como The Black Keys, Lizzo e Cage the Elephant). 

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